Foto arquivo PM |
A Polícia Civil da Paraíba, por meio de um trabalho realizado pela equipe da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (Roubos e Furtos) de João Pessoa, prendeu sete pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em assaltos a instituições bancárias com uso de explosivos na região Nordeste e com ramificações no Sul do país. A ação policial aconteceu durante o feriado de Páscoa, no bairro Mário Andreazza, na cidade de Bayeux, região metropolitana da Capital. A especializada contou com o apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE) e ainda do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar, que foi acionado para desarmar dois artefatos que estavam prontos para serem detonados.
Segundo o titular da Roubos e Furtos, Walter Brandão, as prisões começaram na noite da última quinta-feira (2), quando por meio do número 197 – Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Seds) foram repassadas informações sobre um veículo que estaria com dois homens e que se encontraria com outras duas pessoas no conjunto Mutirão. Ainda segundo a informação, uma residência estaria servindo de depósito para armas e explosivos.
“Os agentes da Roubos e Furtos interceptaram o carro e chegaram até a residência que foi indicada na denúncia do 197. No local foram presos: Daniel dos Santos Moura, de 27 anos; Allison Gomes de Oliveira, de 23; Josiel Henrique Dias, 28 anos e Rafael Alves dos Santos, de 29. Na ação policial foram apreendidos vários materiais relacionados à explosão de caixas eletrônicos e ainda armas de grosso calibre e munições. Com essa prisão em flagrante conseguimos chegar a outros integrantes do bando: Daniel Ferreira de Lemos, de 22 anos; Danilo Pereira dos Santos e ainda Jessika Kelly Alves dos Santos, de 23 anos, totalizando uma quadrilha de sete pessoas que agia em assaltos a instituições bancárias na Região Metropolitana de João Pessoa, nos Litorais Norte e Sul e ainda nas cidades do Brejo”, disse o delegado.
Com o grupo foram apreendidos materiais utilizados para a fabricação artesanal de explosivos, como: cordel detonante e estopim. E também maçaricos, balanças de precisão, telefones celulares, grampos metálicos, além de armas de fogo como espingarda, pistola 765, revólver calibre 38 e ainda munições variadas e amas não letais: aparelho de choque e ainda abraçadeiras de plástico, popularmente como ‘enforca gato’. A Polícia Civil ainda encontrou com a quadrilha peças de fardamento da Polícia Militar da Paraíba e do Exército Brasileiro.
“As investigações sobre como essa quadrilha atuava, quais as ramificações, por quais casos foram responsáveis e ainda como conseguiram os fardamentos e de que forma eram usados estão avançando. Estamos coletando depoimentos, traçando o perfil desses criminosos para chegar na totalidade dos crimes cometidos. Já conseguimos identificar que Daniel dos Santos Moura era procurado no Estado da Bahia e já tinha passagem por outros bandos criminosos de atuação em vários locais do Nordeste e também no Sul do país. Ele é apontado como chefe desse grupo que foi preso e contava com a participação dos outros integrantes, que agiam fabricando os explosivos, dando apoio logístico de armas e munições e também ameaçavam a população e possíveis testemunhas de crimes”, afirmou Walter Brandão.
As investigações da Polícia Civil também seguem relacionadas a outros crimes. “Vamos verificar se essas pessoas que foram presas tinham ligação com homicídios e tráfico de drogas. Mas é muito importante frisar a presença da população para o êxito dessa ação policial. Via disque-denúncia 197 conseguimos informações precisas de localização e lembramos que a ligação é sigilosa. Com isso mostramos à sociedade que Segurança Pública não se faz apenas com as forças de segurança. A comunidade deve e pode ajudar com as ferramentas que estão disponíveis. Estamos atentos, as investigações vão continuar e buscamos desarticular quadrilhas especializadas em roubos a banco em qualquer lugar do Estado”, frisou o titular da 1º Superintendência da Polícia Civil, Marcos Paulo Vilela.
Os sete presos foram autuados por furto qualificado tentado, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e ainda ameaça. Eles seguem para o Sistema Prisional do Estado, onde aguardarão a decisão da Justiça.
secom
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