Teste
rápido do HIV, mobilizações e panfletagens, além da distribuição de
material educativo e preservativo. Estas e outras ações estão na
programação especial elaborada pelo Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), para marcar o Dia Mundial de
Luta Contra a Aids, no próximo dia 1º de dezembro. As ações começam
nesta sexta-feira (28), com o objetivo de atender a população em geral,
mas com atenção redobrada ao público considerado vulnerável, a exemplo
das pessoas privadas de liberdade e profissionais do sexo.
As
atividades foram desenvolvidas pela equipe da Gerência Operacional das
DST/Aids e Hepatites Virais da SES-PB. A coordenadora estadual da
gerência, Ivoneide Lucena, salientou que o tratamento da Aids avançou
consideravelmente, mas que é preciso ficar atento. “A doença hoje
não é mais uma sentença de morte, mas também não pode ser banalizada. É
uma doença crônica que é possível conviver tomando alguns cuidados”,
disse.
De
acordo com Ivoneide, atualmente existe uma gama extensa de medicamentos
para o tratamento. “Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente o
famoso coquetel anti Aids para todos que necessitam do tratamento. Além
dele, existem 22 tipos de antirretrovirais com 40 apresentações,
divididos em seis classes. Para combater o HIV é preciso utilizar 3 ARVs
combinados, sendo 2 medicamentos de classes diferentes, que podem ser
combinados em um só comprimido”, explicou.
Ivoneide
Lucena destacou que a falta de informação deixou de ser um problema,
mas a data serve para reforçar e ampliar as informações, além de
promover um debate sadio entre pais, filhos, profissionais de saúde e
educação. “É difícil alegar que falta informação, especialmente quando
se fala em adolescentes e jovens, tão antenados e conectados. O sexo não
pode ser encarado como um tabu pelas famílias e escola. Precisa ser
tratado com naturalidade”, afirmou.
Ela
alerta, ainda, que o incentivo ao uso do preservativo deve começar
assim que pais e professores perceberem que a fase da infância deu lugar
à puberdade. “Mais difícil do que falar sobre sexo é ver tantas pessoas
com tão pouca idade enfrentando uma gravidez indesejável e, muito pior,
uma doença incurável como a Aids”, observou.
Confira a programação:
Dia 28/11/14
Divisa PB e PE
Oferta
de testes rápidos (HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C) e
distribuição de insumos de prevenção para população específica (neste
caso, caminhoneiros).
Dia 30/11/14
Busto de Tamandaré, às 7h.
Oferta de testes rápidos e distribuição de insumos de prevenção preservativos masculinos e femininos.
Dia 01/12/14
Hospital Clementino Fraga.
Oferta de testes rápidos durante todo o dia.
Dia 05/12/14
Porto de Cabedelo.
Oferta de testes rápidos e distribuição de insumos de prevenção
Locais de atendimento na Paraíba:
João Pessoa:
Complexo Hospitalar Clementino Fraga;
Hospital Universitário Lauro Wanderley (Serviço de atendimento especializado para gestantes HIV+).
Campina Grande:
SAE Municipal;
Hospital Universitário Alcides Carneiro.
Cabedelo:
SAE Municipal.
Santa Rita:
SAE Municipal.
Patos:
SAE Municipal
Atualmente,
são contabilizados no Estado 322 pacientes HIV positivo. Para entrega
de medicamentos antirretrovirais, o indivíduo deve se dirigir aos locais
acima citados e podem solicitar, também, nas Unidades Dispensadoras de
Medicamentos Antirretrovirais em Cajazeiras e em Sousa.
Dia Mundial de Combate à Aids
– Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi
uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com
apoio da Organização das Nações Unidas – ONU.
A
data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a
compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids. A escolha dessa
data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data
passou a ser adotada a partir de 1988.
A Aids –
A Aids é uma doença que ataca o sistema imunológico, permitindo que o
organismo fique fragilizado, podendo ser contaminado com o vírus de
várias outras doenças. O vírus responsável pela doença é o HIV (vírus
humano da imunodeficiência), fazendo da Aids a quarta doença que mais
causa morte no mundo.
As
formas de contágio são através de uso compartilhado de seringas,
alicates de unha, instrumentos não esterilizados que furam e cortam,
gravidez de mulheres infectadas e, principalmente, relações sexuais. As
transfusões de sangue também são uma forma de contágio, mas no Brasil
este risco chega a quase zero.
Os
principais sintomas da doença são diarreias, herpes, infecções
cerebrais e o aparecimento de câncer. Além desses, como o organismo da
pessoa infectada encontra-se muito fraco e debilitado, surgem outras
doenças como gripes, pneumonia, tuberculose, meningite e demência – já
em estágio bem mais avançado.
Segundo
informações do Ministério da Saúde, no Brasil, entre 1980 e 2007, foram
constatados mais de 470 mil casos de contaminação. No âmbito mundial, a
contaminação chega a 7.500 casos por dia, sendo que até o fim de 2007
os casos atingiram 33 milhões de pessoas, por dados da Organização
Mundial de Saúde.
O
tratamento da doença é feito através de um coquetel de drogas,
descoberto em 1995. Porém a medicação, por ser muito forte, causa
efeitos colaterais como a diminuição das disfunções renais e do fígado.
Além disso, os pacientes necessitam de acompanhamento médico constante,
além de auxílio nas áreas da psicologia, psiquiatria, serviço social,
nutrição e outras.
Avanços no tratamento
– O Tenofovir (TDF) 300mg + Lamivudina (3TC) 300mg em um único
comprimido – o chamado 2 em 1 – que, inclusive, já está disponível na
Paraíba. Aproximadamente 75.000 pacientes no Brasil fazem uso do
Tenofovir (01 comprimido ao dia) e da Lamivudina ( 02 comprimidos ao dia
). Em breve, estes pacientes tomarão apenas um comprimido ao dia.
No início de 2015 será disponibilizado o 3 em 1 ( Tenofovir + Lamivudina + Efavirenz ).
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