Dirá
a tabela, essa insensível, que o Cruzeiro foi campeão brasileiro neste domingo,
dia 23 de novembro de 2014, ao vencer o Goiás por 2 a 1. Às favas a tal da
lógica. Porque o Cruzeiro, de tão superior, não foi campeão: o Cruzeiro vem
sendo campeão. Até chegar ao gol de Ricardo Goulart, aos 12 minutos do primeiro
tempo em um Mineirão encharcado, teve muita coisa: um elenco que vale por dois;
uma comissão técnica inventiva e interessada; um departamento de futebol alheio
a caprichos presidenciais. Até chegar ao gol de Everton Ribeiro, aos 17 minutos
do segundo tempo, teve um bocado mais: um centro de treinamento invejável;
salários em dia; harmonia; medalhões como complemento para jogadores em
crescimento (não o contrário); quase 70 mil sócios pagando mais de metade da
folha salarial do futebol.
O
segundo título consecutivo, quarta conquista de Brasileiro da história do
clube, consolida o Cruzeiro como referência, bota mais uma estrela em uma
constelação que não cessa de crescer e enche de orgulho a torcida que pegou
muita, muita, muita chuva para lotar o estádio. O jogo não foi dos melhores - o
gramado impediu que fosse. Muito pesado, tomado por poças nas laterais, ele
recebeu uma partida pouco fluente. Uma pena: o que esse time do Cruzeiro mais
tem é justamente fluência.
Com
a vitória, a Raposa foi a 76 pontos, inalcançável na ponta do campeonato. São
sete de vantagem sobre o São Paulo, e restam apenas seis em disputa. O Goiás,
com 44, é o 13° e volta a campo domingo, às 19h30, na Arena da Baixada, contra
o Atlético-PR.
A
equipe celeste jogará como campeã contra a Chapecoense, domingo, às 17h, na
Arena Condá. Mas antes tem um dos jogos mais importantes de sua história: faz o
clássico decisivo da final da Copa do Brasil no Mineirão depois de perder por 2
a 0 para o Atlético-MG no primeiro jogo.
globoesporte
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