Marcos Eugênio
A
doença hipertensiva da gravidez, que mais mata hoje no Brasil, sendo a terceira
causa de morte materna-fetal no mundo foi tema de palestra neste sábado no
segundo e último dia do I Simpósio Paraibano de Saúde da Mulher, ocorrido no
auditório do Sebrae, no Rodoshopping Edivaldo Mota, em Patos-Pb.
A
médica ginecologista, Iak Sodara, foi responsável por trazer ao debate assunto
de suma importância para os profissionais e estudantes da área da saúde
participantes. Em sua palestra explicou que a doença pré-eclampsia é
diagnosticada no pré-natal, por isso o acompanhamento da gestante deve ser
realizado com muito zelo. “É importante que a doença seja diagnosticada logo no
início da gravidez para que sejam evitados problemas futuros tanto para a mãe
quanto para o bebê”, enfatizou.
A
Maternidade Peregrino Filho é a principal porta de entrada de parturientes que
apresentam a doença hipertensiva de gravidez. Segundo Iak, nesses casos, muitas
pacientes chegam com evolução de Explicou eclampsia. que isso ocorre devido um
pré-natal mal feito.
Sobre
a atenção recebida pelas mulheres durante a gestação nas unidades básicas de
saúde na regional Patos, a avaliação não é nada satisfatória. Falta
humanização, olhar clínico dos profissionais, como bem frisou a enfermeira e
presidente da Câmara Municipal de Patos, Nadi Gerlane, reforçando a fala de Iak
Sodara, que cobrou mais eficácia da atenção primária da saúde.
O
presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Paraíba,
Roberto Magliano de Morais, lembrou da importância dos exames, do preenchimento
correto de todas as informações no cartão de pré-natal.
Iak também apresentou um trabalho
científico, uma pesquisa sobre um acompanhamento clínico que ela fez a uma paciente
de alto risco, a qual apresentava fortes dores abdominais, foi feita
ultrassonografia e descoberto um mioma gigante, que tinha o tamanho do volume
uterino dela compatível com uma gravidez de nove meses.
A paciente, que além das fortes
dores não conseguia urinar, foi internada e passou a receber medicação durante
uma semana, sem que ocorresse regressão das dores. Na época a senhora estava
grávida de três meses, e mesmo com o risco de levar a histerectomia (retirada
do útero), a equipe médica realizou uma miomectomia (retirada do mioma). A
cirurgia foi um sucesso e a paciente hoje está com seis meses de gravidez e bem
acompanhada no pré-natal, e o bebê desenvolve normalmente.
Esse foi um caso raro em toda a
região, não pelo aparecimento de miomas na gravidez, mas pelo tamanho deste que
foi alvo de pesquisa conduzida por Drª Iak, o qual pesou quase três quilos, o
correspondente a um feto de nove meses.
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