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domingo, 9 de março de 2014

Um tiro na consciência


Marcos Nogueira

O senador Cássio Cunha Lima prestes estar a cometer um dos atos mais insanos da sua vida pública: abandonar o propósito de oito anos de Ricardo Coutinho à frente do Governo do Estado, mantido, por vontade popular, no Palácio da Redenção.

E logo findasse o provável segundo mandato de R. C, ele, o senador Cássio, voltaria triunfante para continuar aquilo que a Justiça impediu: o final de seu mandato, que se tornaria no terceiro e que, quem sabe, se transformaria, após quatro anos, num quarto mandato.

Seria uma verdadeira apoteose! O triunfo maior que um político poderia alcançar: prefeito de Campina Grande em mais de uma edição, deputado federal mais votado da Paraíba, chefe-maior da Sudene, governador, senador e, novamente, governador do nosso Estado!

Que poderia desejar mais um jovem que “nasceu” para a política pelos braços do pai, Ronaldo Cunha Lima! Que iria querer mais, se não precisou “subir” na árvore para colher os frutos, sendo lhes ofertado, na bandeja, tanto através do poeta, como através da maioria do próprio povo, que se transformou em Ronaldo, que via em sua face a face do saudoso governador, iniciando-se em Campina Grande para chegar aos lugares mais distantes do nosso rincão!

Mais nada…ou faltava alguma coisa? Acho que sim, se concretizada essa ridícula ideia, faltava a humildade de reconhecer que não era Deus nem um semideus, nem tampouco o aparente imbatível de um milhão de votos! Faltava dizer aos asquerosos puxa-sacos que o homem tem que ter palavra, tem que ser decente, honesto consigo e com aqueles que seguem sua orientação! Não àqueles que são honrados, e onde me incluo, mas àqueles que rastejam como serpentes e são tão venenosos como esses ofídios!

E seria simples; “Meus irmãos! Sei que vocês querem que eu volte ao Palácio da Redenção. Mas vamos esperar que Ricardo conclua seu trabalho, construa mais obras, termine de cumprir todas as suas metas ou promessas feitas durante a campanha. Ele tem sido um grande Governador e nós temos que reconhecer e sermos justos!”

Aí a Paraíba consciente bateria palmas e os “abutres” ficariam esperando os restos de outra presa, para saciarem sua fome voraz do poder!

Mas não, aconselhado por um homem que foi algemado, preso, tido como um dos mais corruptos da política paraibana (Cícero Lucena) e pelo prepotente, orgulhoso e megalomaníaco Rui Carneiro, sem consultar dezenas de bases do PSDB, simplesmente, usando Rui Carneiro como porta-voz, manda que todos os filiados desse partido entreguem seus cargos no Governo e que aguardem uma suposta consulta popular, para se definir sua candidatura, quando o mais sensato seria a consulta e depois a entrega dos cargos.

Mas Rui Carneiro e Cícero Lucena, que hoje estão na relação dos homens ricos da Paraíba, não atinaram que esse tresloucado gesto iria prejudicar centenas ou milhares de pessoas, somados os municípios. Não se sensibilizaram com o que pudesse haver com os seguidores de Cássio e que apostaram em Ricardo. Foram levados UNICAMENTE pelo ódio, pelo despeito e por sentirem que JAMAIS chegarão aonde RC chegou, com a HONESTIDADE como aliada!

Sim, Ricardo que se elegeu vereador duas vezes na capital, sendo o mais votado do seu partido, na primeira eleição, e na segunda o mais votado de todos os candidatos, e repetindo o mesmo fato quando se insinuou como candidato a deputado estadual. E quando se elegeu prefeito conseguiu uma maioria de 100 mil votos, que foi dobrada na sua reeleição! E como candidato a Governador, quando todos davam Maranhão como eleito, Ricardo ganhou a eleição com uma diferença de quase 150 mil votos.

E aí estão: estradas asfaltadas, pontes construídas, escolas recuperadas, saúde beneficiada, inclusive, no caso Patos e mais 40 municípios, um Hospital de Oncologia dos mais modernos, que será entregue em breve. E será realmente entregue, a exemplo de tantas e tantas obras!
Falaram que minha devoção a Ricardo Coutinho prendia-se a um simples emprego. Ledo engano, já ultrapassei a casa dos sessenta e Ricardo só é Governador há sete anos. Significa dizer que minha vida foi pautada pelo trabalho, e que o digam Correio da Paraíba, A União, O Norte e meu jornal, mantido por mais de 15 anos. E, para melhor esclarecimento, sou eleitor de Dinaldo Wanderley desde que ele ingressou na política. Votei nele até quando foi derrotado; votei em Édina, sua esposa, em Múcio Sátyro, etc., e NUNCA bati à porta do seu gabinete para lhe pedir qualquer tipo de favor ou ajuda. Daí ter sua credibilidade, a sua confiança, e seus lacaios sabem do que estou falando. Coisas que escutei da boca daqueles que o abandonarão no primeiro naufrágio, assim como fazem os ratos dos porões dos navios. E eu continuarei como o padre no confessionário!

Blog do Tião Lucena

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