Mesmo com a aprovação pela Câmara
Municipal do Projeto de Lei n° 14/2012, oriundo do executivo municipal,
concedendo um aumento salarial em torno de 21%, o prefeito de São José de
Espinharas, Ricardo Wanderley, não cumpriu com a lei, congelando salários dos professores,
mesmo depois de acrescentar um artigo, garantindo que se no mês de dezembro
fossem feitas as contas e os 60% do FUNDEB não fossem suficientes para pagar os
meses de janeiro e fevereiro, os professores abririam mão do aumento desses
meses.
Para o vereador Salomão Gomes, que
tinha apresentado uma emenda recolhendo assinaturas de 7 dos 8 vereadores
presentes na sessão, foi uma traição por parte do gestor aos professores, que estavam
esperando receber os seus vencimentos de acordo com o que foi aprovado pela
casa legislativa.
Salomão adiantou que os professores
que tem magistério, que hoje ganham R$ 1.200,00, receberam apenas R$ 1.100,00,
justamente o contrário do que foi aprovado na ultima sessão, ficando congelados
os salários.
O presidente do SINFEMP, José
Gonçalves, afirmou que o maior problema em São José de Espinharas é a ausência
do prefeito, que fica mandando intermediários, sem poder de decisão, apenas com
o objetivo de atrapalhar as negociações. “Em São José de Espinharas funciona o
parlamentarismo, onde não temos a presença do chefe do executivo, mas a
presença de vários primeiros ministros, que querem saber o problema, mas no
entanto não resolvem nada”, frisou Gonçalves.
O SINFEMP irá realizar na próxima
terça-feira, dia 17 de abril, às 09h da manhã,uma assembleia geral com toda a
categoria, onde a proposta será a greve por tempo indeterminado, até que o
prefeito cumpra o que foi aprovado pelos vereadores.
Além disso, a entidade vai entrar com
ações na justiça, solicitando a prestação de contas do FUNDEB de janeiro de
2011 a março de 2012, como também de todos os professores e servidores que
recebem pelos 60% e 40%, locais de trabalho, valores que cada um recebe, além da
relação de contratados e comissionados.
Na avaliação do sindicalista José
Gonçalves, o prefeito será acionado na justiça por improbidade administrativa,
pois pegou recursos do FUNDEB que eram para o rateio e pagou 1/3 de férias
referente a anos anteriores, o que caracteriza improbidade administrativa e a
assessoria jurídica da entidade irá
tomar as providências cabíveis.
Sinfemp
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