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IARA DA SILVA MACHADO
“Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria, que o mundo masculino tudo me daria do que eu quisesse ter. Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara, é a porção melhor que trago em mim agora, é o que me faz viver. Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera. Ser o verão no apogeu da primavera, e só por ela ser. Quem sabe o Super Homem venha nos restituir a glória mudando como um Deus o curso da história, por causa da mulher.”
Neste belo poema, o grande músico brasileiro Gilberto Gil traduz atributos preciosos do feminino.
O feminino que sente, pensa, age e se reinventa todos os dias do lar ao trabalho; do parceiro aos filhos; da santa a profana, na sua busca incessante de dialogar entre os pólos antagônicos de Si Mesma.
A mulher que acredita e se lança a construir um poder pessoal que não seja massacrado pelo masculino inseguro e guerreiro.
A mulher que experimenta a firmeza, o acalanto, o afago, o silêncio, o sofrimento, a alegria numa dança de ajustes a passos solitários.
A mulher que empreende, escreve, joga, dança, canta, constrói, planta, colhe, ouve, ensina, cuida, orienta, cozinha, lava, toca, sentencia, serve, ama e ama...nas suas inúmeras atividades humanas no “encontro de dentro” e no “encontro de fora” faz escolhas, acerta e erra...
A Mulher que se humaniza e aceita o que É...
A Mulher que é gente antes de ter máscaras inúteis para a arte do auto-encontro ou encontro.
A Mulher que é simples, cara lavada e limpa, mesmo quando está impecavelmente maquiada e está com os pés no chão, mesmo sobre um salto número dez...ou aquelas que desconhecem o ‘glamour’ e são gigantes nas boas obras sociais anônimas do mundo, sustentando os mais ignorantes das leis naturais e humanas.
As mulheres da minha vida, minha avó Lu, minha mãe Eliete e minha filha Raiza, sobretudo a esta última, na dimensão que estiver receba as mais intensas vibrações de gratidão pela bela menina mulher que ela foi, perfumando a minha existência, deixando um perfume de rosas puras, que sustenta a minha Alma na sua ausência:
Gratidão, gratidão, gratidão!
A todas as mulheres do mundo que neste dia recebem justas homenagens, relembro novamente o que expos o Gilberto Gil na sua música citada acima:
“Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera. Ser o verão no apogeu da primavera, e só por ela ser. Quem sabe o Super Homem venha nos restituir a glória mudando como um Deus o curso da história, por causa da mulher.”
Salve, salve o dia 8 de Março!!!
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