Os dois trapalhões do dia:Clizaldo e Francisco Santiago |
O ex-presidente do Nacional, José Ivan, soltou cobras e lagartos contra Clizaldo |
Sobrou até para o repórter Eduardo Rabelo, também expulso de campo por criticar suposta agressão de Santiago a gandula |
Gilmar Batista ficou bastante desolado com a goleada sofrida em casa |
Sousa |
Marcos Eugênio (texto e fotos)
Até os cinco minutos do primeiro tempo o torcedor do Nacional de Patos dava como certa uma goleada contra o Sousa, na abertura do Campeonato Paraibano, 2012, diga-se de passagem, um dos mais desorganizados do País. O Verdão Maravilha conseguiu criar quatro chances de gol nesse pequeno período da etapa inicial, jogo realizado no Estádio Municipal José Cavalcanti, mas a surpresa começou em seguida com um gol assinalado por Eduardo Rato, atacante do Dinossauro, numa falha incrível de marcação da zaga do Nacional.
A partir daí entrou em cena o árbitro da partida, Clizaldo Luiz, que passou a distribuir cartões amarelo para alguns atletas da equipe patoense, que culminaram em seguida com a expulsão do camisa 7 Roni. Além disso, houve muita reclamação da comissão técnica, atletas e torcida por erros cometidos, segundo estes, que causaram sérios estragos na equipe. Com Nacional perdido em campo, a equipe de Sousa, que não tinha nada com a história, se organizou e passou a comandar a partida, ampliando ainda no primeiro tempo com o destaque do jogo, Vitinho, ex- Vitória de Espírito Santo e Americano do RJ.
O primeiro tempo foi marcado por confusões, inclusive com a expulsão de campo do repórter de pista da Rádio Espinharas, Eduardo Rabelo, por fazer críticas ao quarto árbitro, Francisco Santiago, depois que este quase troca tapa com um gandula, que também foi posto pra fora de campo por atrapalhar, segundo Santiago, o andamento do jogo. Ladrão foi a palavra, dirigida ao árbitro central, a mais ouvida no José Cavalcanti na tarde deste domingo 05. O integrante da junta governativa do Nacional e ex-presidente, José Ivan, no intervalo não economizou nos palavrões e ameaças ao senhor Clizaldo, este devidamente protegido pelo policiamento.
No segundo tempo Clizaldo tentou fazer o que deveria no primeiro, controlar os ímpetos dos atletas, mas perdeu completamente os rumos e marcava coisas inexistentes. Por outro lado, enquanto o Nacional tentava desordenadamente diminuir o placar, o Sousa, mesmo perdendo seu atacante Rato, expulso, ampliava seu domínio e fazia o terceiro, com Vitinho e no final ainda fez mais um, com Eduardo Recife, que veio do Cabo-PE, por sinal, um golaça, de habilidade, passando por dois zagueiros do Verdão e chutando quase sem ângulo, sem chances de defesa para o arqueiro Mauro.
Com o apito final o técnico nacionalino, Gilmar Batista, lamentou as chances perdidas. “Perdemos quatro chances boas de gol nos cinco primeiros minutos de jogo. O Sousa foi mais eficiente e soube aproveitar as que surgiram”. Ele analisou a estréia do Verdão. Disse que a jovem zaga sentiu o peso da camisa do Nacional e que se a equipe quiser vencer terá que melhorar muito. Pelo lado do Sousa, o técnico Neto Maradona, que trabalha há apenas 26 dias com esse elenco, elogiou a postura de seus atletas, mas que não é hora de euforia e sim trabalhar duro para melhorar cada vez mais o rendimento, pois o campeonato promete ser equilibrado.
A presidente da FPF, Rosilene Gomes, que há 24 anos comanda a federação, foi alvo de protesto vindo da arquibancada, Fora Rosilene, pedia parte da torcida, cansada de ver o Campeonato Paraibano descer cada vez mais a ladeira pela ingerência da FPF.
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