Torcedor não aguenta mais o descaso com o futebol paraibano (Foto:Marcos Eugênio) |
Está começando mais uma edição do Campeonato Paraibano de Futebol. Mas, para não fugir à regra, já começa com moído. O calendário atropelado, com apenas a partida entre Nacional 0X4 Sousa e Paraíba 1x1 Botafogo, e outros dois adiados por problemas na liberação dos estádios. Mais uma vez os clubes devem passar por muitas dificuldades financeiras, acumular dívidas.
A Federação Paraibana de Futebol, que tem como presidente no cargo, que parece vitalício para ela, a senhora Rosilene Gomes, 24 anos no poder, é uma entidade antiga como sua presidente no sentido de governar, planejar e administrar competições, especialmente esta. Falta-lhe modernização, mais compromisso com os clubes e maior respeito com o torcedor. Em todo o estado há manifestações contrárias à presença da senhora Rosilene no comando da entidade máxima do futebol paraibano. No José Cavalcanti, neste domingo 5, até cartazes podiam ser vistos empunhados por torcedores desgostosos com o rumo do Campeonato Paraibano.
Só para citar a situação dos clubes, que vêem até água de sede cortada por falta de pagamento, o que comprova a falência múltima dessas agremiações, que viveram momentos de glórias, o Nacional de Patos por muito pouco não deixa de se inscrever para a competição. Ninguém queria segurar o abacaxi das dívidas. O ex-presidente e hoje membro de um junta governativa criada para manter vivo o Canário do Sertão (50 anos de vida), José Ivan, foi bem sincero quando disse que é verdadeiramente impossível gerir um clube com receitas de R$ 150 mil sendo necessários R$ 400 mil para a coisa fluir.
Basta ver o desespero dos clubes patoenses, em não expor os borderôs de suas partidas, como medo da FPF levar os minguados Reais (taxas bastante elevadas). Já outra equipe de Patos, o Esporte, a informação que nos chega é que pode estrear sem técnico contra o Auto Esporte. São problemas que vem sendo empurrados com a barriga ao longo dos anos e que refletem quando o time entra em campo, com um desempenho deprimente. Falta muita coisa, inclusive bom gerenciamento dos clubes, alternativas de sobrevivência que não seja a tal subvenção, o tal gol de placa.
Futebol paraibano é barato, se compararmos a quantidade de empresários bem sucedidos que poderiam se tornar parceiros dos clubes, que são em número bastante pequeno. Temos pessoas que levariam anos para listar seus bens, mas que não conseguem abrir a mente para marketing esportivo, para o sentido do esporte para o povo brasileiro. As merrecas da subvenção do município, o Gol de Placa, ajudam, mas não solucionam os problemas que crescem feito bola de neve. Está na hora repensarmos o futebol paraibano, mudar a cara dessa diretoria da FPF, e toda essa politicagem que envolve também a CBF, os conchavos políticos firmados para manter Rosilene no poder.
Marcos Eugênio
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