Iara da Silva Machado
“Saudade! És a ressonância de uma cantiga sentida, que, embalando a nossa infância, nos segue por toda a vida!”
Costa e Silva, Pandora. Pág. 83
Do latim, solitate, a palavra saudade significa literalmente uma lembrança nostálgica, e ao mesmo tempo suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las. É um pesar pela ausência de alguém que nos é querido. (Dicionário Aurélio virtual acessado em 01/10/11).
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Na vida muitas perdas são necessárias para que aprendamos, na condição humana, que a meta de uma existência é o tornar-se o Si Mesmo. Somos portadores de vários corpos ao longo de uma vida: o corpo do bebê, o corpo da criança, o corpo adolescente, o corpo adulto e o corpo velho. Nessas transições várias mortes acontecem na estrutura física, para que nossas formas apareçam, sinalizando a intenção maior do amadurecimento do ser nas camadas emocionais, psicológicas e ético-morais refletidas nos contextos pessoal, familiar e social.
São convites poderosos do cotidiano para que façamos escolhas de progresso!
No entanto, das perdas pelas quais somos impelidos a passar pela lei da evolução, certamente a mais dolorosa é a que envolve a ausência pela morte física dos entes queridos, porque nessas situações, fica “uma lacuna impreenchível” (Joanna de Ângelis) e o compromisso com a superação se torna diário.
É preciso nessas ocasiões re-significar TUDO, redimensionar metas, objetivos e valores para seguir com o sentimento de “ser útil à Vida” (Victor Hugo).
Então, decidi escrever essas linhas para socializar o quanto é possível re-encontrar um caminho para honrar a existência apesar das dores físicas, emocionais e psicológicas que nos acomete ao longo de uma jornada, busquemos as CRIANÇAS com sua espontaneidade e alegria são canalizadoras naturais da ESPERANÇA; busquemos os JOVENS com sua vitalidade e sonhos são apoiadores vitais da AÇÃO; busquemos os idosos, eles são exemplos vivos da SABEDORIA que não mais camuflam ou dissimulam dores e amores, e podem falar sem medo do que acreditam sem expectativas alucinadas ou escrupulosas em demasia, eles falam com o CORAÇÃO cheio de vivências, acertos, erros e perdões... Isso tudo alivia e ajuda a atravessar os momentos de angústia e vazio.
No estudo da Botânica a palavra saudade é sinônima de uma planta, da família das asclepiadáceas (Asclepias Umbellata).
No Brasil a palavra saudade além de se referir a manifestação triste pela ausência de alguém amado, também se refere a uma Cantiga da terra, entoada pelos marujos no alto-mar.
Meimei no poema Voz do Coração decanta: Alma irmã! Não me condenes. Venho ofertar-te renovação e experiência, e mostrar-te nos outros os irmãos do caminho, que amam, sofrem e aprendem qual te acontece. A fim de que te movas ao sol da compaixão. Venho mostrar-te ainda o peso que há na culpa e o valor do perdão. Sobretudo sou eu quem te revela à grandeza do amor na luz da compreensão. Peço: não me censures. Venho em nome de Deus, Sou tua DOR.
Acredito na capacidade incrível de superação das adversidades que qualquer pessoa possa experimentar se estiver conectada com a força da FÉ.
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