Entendo, a não ser que me convençam, de que não precisamos de “novas” universidades, pois temos o Campus da UFCG que poderia muito bem ampliar o número de cursos e atender à população, independentemente de uma nova construção, mais funcionários contratados, comissionados, reitores, diretores, dentre outras despesas.
Já estamos com sérios problemas com a Universidade já existente, no caso a UFCG, que o diga o alunado de odontologia. Vamos criar mais uma para passar, talvez, a uma situação pior? É por isso que enxergo puro oportunismo de muitos políticos na esfera municipal, estadual e federal, que sequer têm discurso para convencer a população dessa necessidade.
Temos um grande exemplo na Paraíba, que é a UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), inicialmente em Campina Grande, depois Guarabira e atualmente está presente em todas as regiões do estado e aí eu pergunto: foi necessário fundar a UEPB de João Pessoa, Patos, Sousa, Cajazeiras? Não, mas toda a estrutura está funcionando.
O IFPB (Instituto Federal de Educação da Paraíba) funciona com uma parcela de alunos na Escola Agrícola de Patos e outra turma no Campus da UFCG, pois o novo prédio ainda está sendo construído e deve ser entregue dentro de um prazo de seis meses a um ano, mas está funcionando. Será que precisa de um IFPB em São José do Bonfim? Claro que não.
O que eu defendo é que todos nós possamos lutar para ampliar o número de cursos existentes na UFCG, exigir cursos com qualidade, com estrutura e, acima de tudo, no horário noturno, deixando de favorecer as faculdades particulares de nossa cidade.
Devemos lutar para melhorar, radicalmente, a estrutura da UFCG em Patos, com realização de concurso público, biblioteca atualizada, funcionamento dos laboratórios e cursos à noite, para que os trabalhadores saiam das garras das faculdades particulares que visam especialmente o lucro.
Então, vamos parar de demagogia e defender realmente a ampliação desses cursos, na UFCG, UEPB e IFPB, onde os trabalhadores, os desempregados, têm como estudar sem pagar altas mensalidades escolares.
José Gonçalves
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