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sábado, 20 de agosto de 2011

Bancários podem entrar em greve na Paraíba


Cerca de 3.500 bancários do Banco do Brasil, na Paraíba, ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado no final de setembro caso a Federação Nacional de Bancos (Febraban) não atenda às reivindicações da categoria.

Na manhã de sexta-feira (19), a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba, realizou o lançamento da campanha salarial dos bancários. A ação aconteceu na praça 1817, em João Pessoa, e contou com a participação do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que é funcionário do Banco do Brasil e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Dentre as reivindicações da classe, previstas no documento entregue à Febraban, estão o reajuste salarial de 12,8%, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), a realização de concurso e o fim dos correspondentes bancários.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2011 foi entregue à Febraban pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), no dia 12 de agosto.

“Entregamos essa pauta antes mesmo do dia 31 de agosto, quando vence o acordo coletivo da categoria. Eles têm tempo de sobra para avaliar as propostas e chamar os bancários para a discussão. Caso contrário, deflagaremos greve no final de setembro”, diz ele, garantindo que a classe vai aguardar a divulgação do calendário de negociações.

Ele afirma que caso a Febraban convoque a classe, o primeiro tema a ser discutido será a segurança. Em seguida virão saúde, emprego e remuneração e sistema financeiro. Jurandir Pereira Filho, que é bancário e membro da diretoria do Sindicato dos Bancários destaca que o estresse e a falta de segurança nas agências são os principais problemas enfrentados pelos servidores.

“Além da elevação do piso salarial de R$ 1.600 para R$ 2.297, também queremos o fim das metas abusivas e das filas, taxas de juros mais baixas e o fim dos correspondentes bancários, que no futuro podem prejudicar os servidores bancários”, observa.

Para o deputado federal Ricardo Berzoini, a margem de lucro dos bancos é crescente e exorbitante e, mesmo assim, a realidade do atendimento não tem evoluído com a mesma forma. “Sou bancário e estamos juntos nessa luta”, afirma.

A assessoria de imprensa da Febraban informou, no entanto, que o órgão ainda não possui um calendário de negociações.
paraiba1 

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