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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mulher é presa acusada de forjar câncer em filha

A mulher acusada de simular que a filha de 4 anos tinha câncer foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público. No começo deste mês, ela foi indiciada pela Polícia Civil em Sorocaba, no interior de São Paulo, pelo crime de tortura e por submissão da criança a constrangimento, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O caso foi denunciado por missionárias de uma igreja evangélica de Sorocaba, no interior de São Paulo. Elas tinham começado uma campanha para arrecadar donativos e dinheiro para o suposto tratamento do câncer. As missionárias conseguiram uma consulta no Hospital do Câncer Infantil, onde os médicos detectaram que a criança nunca teve a doença.

Na denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público, a mãe da menina também é acusada de estelionato, além de tortura e de expor a criança a vexame. Depois que receber o mandado de citação da Justiça, ela terá prazo de 10 dias para apresentar a defesa.

Depoimentos

A menina foi ouvida pela delegada no começo deste mês e disse que a mãe fazia cortes com uma faca de cozinha. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou que as cicatrizes são de ferimentos provocados por instrumento cortante.

“Ela realmente afirma que a mãe fazia os curativos e provocou as lesões com faca. A gente observa que já foram cicatrizadas, não são lesões pequenas. Uma tem 7,5 centímetros de extensão. Lesões que, para uma pessoa leiga, seriam sugestivas de uma cirurgia prévia na região abdominal”, disse a delegada.

No depoimento, a mulher negou que tivesse machucado a filha e disse saber que a menina não tinha câncer. Ela não explicou por que pediu ajuda à igreja e negou que tenha praticado violência. Ela disse que está grávida de quatro meses e admitiu que não tem condições de ficar com a menina de 4 anos e uma outra filha, de 2 anos.

G1

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