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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Apiário modelo de São José da Lagoa Tapada valoriza princípios de sustentabilidade

Foto:sistemaja.blogspot.com
Apiário Coletivo Modelo será o 1° do estado da Paraíba a testar alimentação artificial e duplicação de colméias
Eduardo Silva e Francis Oliveira
Valorizar idéias simples e promover ações sustentáveis no sertão paraibano. São essas as propostas articuladas pelo projeto Apis, do Sebrae Sousa, junto à Associação dos Criadores de Abelhas do Município de São José da Lagoa Tapada, a Promel. Com a implementação do primeiro Apiário Coletivo Modelo da Paraíba, no Sítio Gatos, na cidade de São João da Lagoa Tapada, colméias serão cultivadas para a criação racional de abelhas, visando à produção de mel e derivados. A expectativa é de que com este novo modelo, haja um salto de duas para seis toneladas de mel produzidas ao ano.
O desenvolvimento da apicultura no município teve início em 2007, quando o presidente da Promel, João Paulo Batista, em missão técnica promovida pelo Sebrae, fez uma visita ao município de Simplício Mendes, no Estado do Piauí. A partir daí começou a divulgar, com o apoio da Prefeitura de São José da Lagoa Tapada e do próprio Sebrae, informações de experiências de sucesso correlatas a este processo de produção do mel entre criadores de abelhas do sertão.
Para o gestor Sebrae do projeto, Fabrício Vitorino, a finalidade desta unidade demonstrativa é de implantar técnicas de manejo que possibilitem o aumento na produção da matéria. “A idéia do Sebrae é de auxiliar estes apicultores a produzirem mel com qualidade exigida pelo mercado, além de incentivá-los a trabalharem de forma conjunta, gerando renda para a própria associação”, complementou Fabrício.
Aos poucos essa proposta vem gerando resultados interessantes. Hoje, os 20 associados já comercializam suas produções tanto na região, como nas coletas destinadas à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo José Dinaldo Vilar, consultor do Sebrae, com as novas técnicas sugeridas, - alimentação artificial e crescimento vertical das colméias -, pequenos hábitos como estes podem incrementar a produção e a qualidade do mel produzidos dentro do apiário. O princípio segue métodos testados em outros países, como Cuba, e sua relação com melhoria do meio ambiente.
“A apicultura paraibana foi estruturada, até então, sem observar as potencialidades que podem surgir com as técnicas da apicultura intensiva. Mas na verdade elas são muito grande, basta apenas apresentar técnicas de manejo simples que estes associados e outros apicultores do Estado melhorarão suas qualidades de vida”, declarou.
Com o apiário coletivo apicultores de nove municípios, no entorno de Cajazeiras e Souza, fortalecerão a proposta do projeto, que é promover o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva de apicultura na Paraíba. A intenção é que este modelo se espalhe entre os outros apicultores do Estado.

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