Após a paralisação dos médicos, que durou 18 dias, os quais retornaram aos plantões na noite da última sexta-feira 06 ao aceitarem a terceira proposta do Estado, o Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro vai aos poucos voltando à sua rotina. O diretor Eliseu de Melo concedeu entrevista para a imprensa durante esta segunda e explicando os procedimentos nessa retomada dos clínicos.
Uma das primeiras medidas será o reenquadramento daqueles que haviam pedido dispensa, uma forma encontrada para pressionar o estado no atendimento da reivindicação da categoria. Outra será a implantação do plantão presencial, ou seja, acabam-se definitivamente os plantões de sobreaviso, quando o médico recebia, mas não permanecia no Hospital, apenas quando era solicitado em caso de urgência. Todos os serviços especializados, de cirurgias estão sendo normatizados.
O sistema de atendimento do Hospital está sendo revisto. Como a Secretaria Estadual de Saúde retirou a gratificação do médico da urgência e emergência, os serviços serão redimensionados. “Uma equipe de acolhimento fará a triagem na entrada do pronto-socorro e todos os procedimentos do Hospital serão realizados, como manda o SUS, porém o que for caso de PFS os usuários serão orientados a procurar as unidades de saúde da família”, comentou Melo.
UTI interditada
Apesar da volta dos médicos, a UTI do Janduhy Carneiro, bem como do Hospital Infantil continuam interditadas pelo CRM. Hoje a direção desses hospitais tiveram a iniciativa de procurar o Conselho Regional de Medicina para que os leitos de tratamento intensivo de Patos fossem devolvidos o mais rápido possível para evitar, em uma necessidade, o paciente sofrer alguma consequência decorrente desse não atendimento específico, já que a UTI não pode receber qualquer paciente até a liberação pelo CRM.
A interdição se deu justamente pelo número insuficiente de médicos, e a recomendação do Conselho era que se tentassem, durante o movimento paredista dos médicos, leitos em outros centros para a transferência dos pacientes. Várias tentativas chegaram a ser feitas, mas sem sucesso devido a grande demanda desses leitos na Paraíba.
Um setor que tem sido o gargalo do Hospital Regional, como gosta de falar Eliseu de Melo, há vários anos, é a ortopedia, que terá uma atenção especial da direção. Nesta segunda-feira haverá uma reunião com os ortopedistas, que vão elencar suas necessidades para que possam oferecer um atendimento de melhor qualidade à população.
O diretor do Janduhy explica que existe a necessidade de acelerar o fluxo das cirurgias, evitando-se as marcações, os pacientes ficarem de jejum e não serem operados, causando transtornos para eles e familiares. “Nossa intenção é termos uma equipe multiprofissional na ortopedia para dar resolutividade às cirurgias”, enfatizou o médico e diretor do Regional.
Eliseu enfatizou que está mantendo contato com a 6ª Gerências de saúde, com a SES para saber como fazer para acabar com a demanda reprimida de cirurgias eletivas de pessoas que precisam ser operadas, já que foi retirada a produtividade.
Ascom
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