Nesta terça-feira (29) o dia foi exaustivo de intensos debates, avaliações, exposições de feridas e sugestões em torno dos serviços oferecidos ou que deixam de ser oferecidos pelos municípios de toda a regional Patos. Prefeitos, secretários municipais de saúde e técnicos estiveram reunidos com o secretário estadual de saúde, Waldson de Sousa, para dar início a uma histórica PPI – Programação Pactuada Integrada, que possa viabilizar aos usuário.
O governo Ricardo Coutinho vem mobilizando a rede de saúde, as doze regionais, os hospitais estaduais, municipais e filantrópicos, além de prefeitos, gestores de saúde, todos estão sendo convidados para participarem da discussão no sentido de organizar o setor e consequentemente melhorar o acesso da população a serviços de qualidade.
Nessa reunião que se arrastou até o início da noite, os municípios puderam fazer um diagnóstico do que dispõem e o que precisam para atender suas demandas. Foi o caso de Emas. A prefeita Fernanda Loureiro enalteceu a atitude da equipe de saúde do governo estadual que inverteu a pirâmide, vindo falar com os municípios e não o contrário, conhecendo a realidade de cada localidade. Ela citou que em seu município um dos principais problemas da saúde é com relação à demanda por cirurgias eletivas, a exemplo da amigdalectomia, catarata. O Hospital Regional de Patos será sua principal referência. O diálogo foi aberto ontem mesmo com o diretor Eliseu de Melo, para ampliar a pactuação.
Mércia Santos Coutinho, gerente executiva de regulação de saúde da Secretaria de Estado da Saúde, explicou que dentro do que foi levantado pelos municípios será priorizado o que há de mais urgente. Existe também a necessidade de descentralização dos serviços oferecidos por João Pessoa e Campina e os usuários sertanejos não tenham que se locomover para esses centros que possuem maior complexidade. “O governo estadual tem um projeto de interiorizar toda a assistência de média e alta complexidade, para isso irá fazer maiores investimentos na rede hospitalar para fazer valer o que for pactuado pelos municípios”, enfatizou.
O Hospital de São Mamede, que já chegou a ter 200 AIHs mês, apresenta um quadro bastante preocupante, hoje com apenas a 12 AIIHs mês. As grandes dificuldades de funcionamento desse hospital, com o município incapaz financeiramente de administrá-lo, segundo o prefeito e médico Francisco das Chagas, “O hospital de São Mamede merece ser tratado de maneira especial e urgentemente pelo Governo do Estado”, afirmou Chagas.
O referido hospital funciona há 45 anos realizando cirurgias de pequeno, médio e grande porte, com estrutura de serviços especializados em ultrassonografia, oftalmologia, eletrocardiografia, além de atendimento normal de pediatria, ginecologia, dentre outros, precisa de investimentos para que possa servir de referência para a regional. “O problema de São Mamede tem que ser tratado de maneira especial. Temos boa estrutura e precisamos de investimentos para que os municípios possam se utilizar dele sem ser preciso e buscá-los na Capital ou em Campina Grande”, disse o prefeito de São Mamede.
O secretário Waldson explicou que é necessário melhorar a complexidade dos hospitais, criando-se novas especialidades, melhorando o acesso dos usuários, a resolutividade, isso com um atendimento humanizado em que os direitos constitucionais sejam respeitados.
Uma agenda de compromissos envolvendo todas as microrregiões foi montada para acelerar essa pactuação. Sem ela o sistema de saúde da Paraíba permanecerá bastante falho, sem a qualidade que usuário deseja.
Ascom
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Foi só isso?
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