Professores de Malta decidem nesta terça se entram em greve por tempo indeterminado
Os professores do Município de Malta decidem nesta terça-feira, dia 29 de março, as 17h, numa assembléia que será realizada na Câmara Municipal, se entram em greve por tempo indeterminado, devido ao não atendimento das reivindicações apresentadas pela categoria ao gestor público municipal.
Antes da decisão será realizada uma sessão especial na Câmara Municipal para discutir o problema com todos os vereadores e vereadoras presentes.
Em 2010 foi aprovado o aumento salarial de 15% retroativo ao mês de janeiro, tendo sido sancionado pelo prefeito Ajácio Wanderley, mas no entanto não foi cumprido, apesar de ter aumentado 15,29% nos recursos do Município. Tem uma ação na justiça pedindo o cumprimento da lei.
Em 2011 o SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região encaminhou um oficio propondo o aumento de 21,71% retroativo a 1º de janeiro de 2011, como também solicitou uma audiência, mas não foi atendido.
De acordo com José Gonçalves, a única alternativa encontrada pelos professores no momento é a greve por tempo indeterminado, pois os professores estão com seus salários congelados por dois anos, não tiveram sequer o aumento do salário mínimo nacional e com tudo isso, o prefeito faz de conta que não está acontecendo nada no município. “A única alternativa é a greve por tempo indeterminado, pois dinheiro para aumentar os salários tem”. Disse o sindicalista.
Gonçalves afirmou que no mês de janeiro de 2011 o município recebeu R$ 557.971,21, sendo R$ 140.070,05 do FUNDEB. Em fevereiro o município recebeu R$ 579.345,37, sendo R$ 151.801,64 de FUNDEB e até o último dia 28 de março, recebeu R$ 303.621,06, sendo R$ 91.295,85 de FUNDEB. Estes dados foram acessados no endereço: www13.bb.com.br.
Além de não conceder o aumento salarial, o prefeito ainda não repassa as mensalidades sindicais descontados dos servidores associados ao sindicato e com isso, o sindicato vai suspender todos os convênios médicos, odontológicos e laboratoriais para estes associados. “É lamentável uma situação dessas em Malta, não serem respeitados os direitos dos servidores municipais e além disso, se apropriarem indevidamente de um valor que não lhes pertence e sim aos servidores”. Disse Gonçalves.
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