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sábado, 26 de março de 2011

Cotidiano

Marcos Eugênio

Parece ficção

É algo que deixa a pessoa meio em parafuso o que vem ocorrendo na Câmara Municipal de Patos, numa demonstração clara das nuances que permeiam nossa política. Se não vejamos, como dizia na tribuna nosso secretário Raniere Ramalho, quando vereador. José Mota Victor (PMDB), do mesmo partido do prefeito Nabor Wanderley, é hoje um dos principais críticos de sua administração, inclusive já fora secretário municipal de educação deste governo. Por outro lado Almir Mineral (PSDB), que deveria ser, pela lógica das siglas, forte oposição ao governo peemedebista de Nabor, hoje é seu principal defensor no Legislativo, podendo vir inclusive a ser líder do governo na Câmara, como se cogita. Fica até interessante, para não dizer confuso, o debate na Câmara, meio surrealista no campo das orientações partidárias. 

Transferência de calvário

O senador paraibano mais bem votado da história da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), com 1.004.183 votos, viveu um calvário de mais de dois anos por ter sido cassado (fevereiro de 2009) pela justiça eleitoral, tendo que repassar o cargo de governador na época para o segundo colocado José Maranhão (PMDB). Voltou ao cenário se candidatando ao Senado Federal, com uma aceitação recorde, mas teve seu registro cassado com base na lei da Ficha Limpa. Não desistiu e lutou até que o TSE decidiu esta semana que a referida lei não poderia ser aplicada no ano de sua promulgação (2010), algo que deve livrar Cássio definitivamente do pesadelo. Agora quem está querendo viver o calvário da luta no tapetão pelo cargo é o senador Wilson Santiago, que dificilmente manterá sua cadeira no Senado, perdendo a vaga para Cássio. O filho de Uiraúna já avisou que lutará até se esgotarem todas as possibilidades judiciais. 

Violência gratuita

Quem assistiu as cenas de covardia de PM’s de Manaus esta semana em rede nacional, tendo como vítima um adolescente desarmado, que teve um pulmão perfurado por um tiro disparado à queima-roupa, acrescente-se, este sem antecedentes criminais, e esboçasse qualquer reação, pode concluir que o despreparo, a má formação de policias, pagos por nossos elevados impostos, pode se tornar uma arma contra a nossa segurança. Os órgãos de segurança pública de nosso imenso país devem rever a postura da academia de polícia. Hoje temos uma polícia violenta, má preparada, sem contar seus baixos salários, um fator a mais para o estresse da profissão, queira ou não, e escassez de equipamentos de trabalho. Enfim, uma série de equívocos, a começar pela seleção, que deveria ser mais rigorosa. Praticamente todos os dias há notícias de arbitrariedades cometidas por policiais. Uma polícia humanizada, trabalhando lado a lado com a comunidade, com troca de empatia, confiança, trará resultados bastante positivos para a diminuição da banal violência presente em todos os municípios brasileiros.

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