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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Crônica : Um Padre, uma sílaba , uma revolução.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus. (Jo. 1,1-2).

A narrativa do autor sagrado parece mais atual do que nunca.

Que as palavras têem poder disso ninguém duvida.

Entretanto para a fé Cristã Católica essa máxima é levada ao pé da letra.

Somos constantemente bombardeados pelo sentido literário das palavras, envoltos neste mistério ora litúrgico, ora histórico ao qual está impregnada a fé Cristã.
Pois bem, o jogo das palavras é explícito na vida de um Sacerdote do Clero desta Igreja Particular da Diocese de Patos.

O referido Sacerdote de forma suscinta e às vezes imperceptível se utiliza desta ferramenta para mudar paulatinamente a consciência dos Cristãos acerca de uma faceta atribuída a Deus Pai.

Trata – se da conhecida expressão: “Deus Pai Todo Poderoso”, carregada de um peso inconcebível numa alusão nítida a um Deus inatingível. Intocável, dando assim a entender que esse Deus “Todo Poderoso” é insensível a vida de suas criaturas, de seus filhos e filhas.
Do contrário ao declarar abertamente, inclusive quando presidindo em nome de Cristo a Celebração Eucarística, expressão máxima do Amor, sua preferência pelo vocábulo: “Deus Todo Amoroso”, o jovem Sacerdote presta uma inestimável ajuda ou melhor a seu modo faz uma lenta e monumental revolução na forma desta mesma igreja relacionar- se com Deus.

Um Deus Amoroso, próximo do seu povo, sensível às suas aflições esmaga a visão milenar de um Deus autoritário e vingativo e inaugura um novo jeito de perceber à Deus como alguém que caminha conosco, que partilha conosco a beleza da vida, que faz arder o nosso coração com seus gestos de simplicidade e humildade.
Um Deus “Todo Amoroso” é o desafio da Igreja neste Século XXI, terceiro da Era Cristã.

Um Deus “Todo Amoroso” que nos leve a fazer uma opção preferencial como Igreja por sua face humana, na constante atualização desta expressão de fé e de amor.

Os grandes revolucionários e os verdadeiros revolucionários escrevem seus nomes para sempre no livro da eternidade e com letras garrafais :

“Um padre, uma sílaba, um revolucionário por nome Reverendíssimo Pe. Francisco Almeida .


*Carlos Silva – Pascom da Diocese de Patos.

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