Arma usada para matar Jomar
Numa operação conjunta das polícias Militar e Civil foram presos na comunidade Beiral, Bairro São Sebastião, em Patos-PB, no início da tarde desta quarta-feira, dois menores acusados de assassinarem na manhã do último sábado 15, o comerciante Jomar Batista de Medeiros, irmão do prefeito de Quixaba-PB, Julio Cesar.
A Polícia chegou aos acusados depois de uma denúncia anônima dando contas que um rapaz estaria trafegando por Patos com a moto de Jomar, tomada deste durante o assalto em que ele foi vítima. Os jovens residiam no Sítio Pia, município de Quixaba. Segundo a Polícia, os menores teriam cometido o latrocínio, roubo seguido de morte, porque a vítima teria os reconhecido.
O menor de 17 assumiu que atirou em Jomar, enquanto o de 15 permaneceu na moto na estrada de barro que liga Quixaba à BR 230, aguardando o retorno do comparsa, que levou a vítima para dentro do mato, onde seria executado, ao lado de uma cerca. Os trabalhos de investigação tiveram início logo após o assassinato de Jomar, inclusive familiares seus pediram ao governador Maranhão ações enérgicas para combater a violência no Sertão.
Graças à denúncia anônima as investigações começaram a ter celeridade e hoje os dois menores foram detido no Beiral, num intervalo de meia hora um do outro. A arma utilizada no crime, uma espécie de garrucha soca-soca, de fabricação caseira, foi apreendida na casa do rapaz de 17 anos, que disse que a guardava porque tinha inimigos.
Um terceiro rapaz, de 26 anos, primo do menor de 17, também foi detido. Mesmo sem ter participação no homicídio, está sendo acusado de dar abrigo ao acusado. “Eu sou trabalhador. Ele chegou lá em casa e disse que tinha voltado de São Paulo e que iria passar o dia com a gente. Não sabia que estava envolvido nesse caso”, se defende Eriberto Gomes, que foi inocentado pelos dois acusados.
Nossa reportagem questionou ao Capitão Campos o porquê da resolução tão rápida do caso, quando na cidade de Patos vários homicídios continuam sem autoria. “Muitos desses casos que você fala a gente sabe quem são os executores, mas ninguém que ser testemunha, não faz a denúncia formal. Fica difícil, pois o delegado não pode simplesmente prender uma pessoa apenas por suposição”, esclareceu, reconhecendo o medo dos cidadãos, o que os inibe de procurar a Polícia para fazer a denúncia.
Marcos Eugênio
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