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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Hospital de Trauma da Capital tem serviço para tratar dor aguda


Quem nunca chegou a um hospital e disse a seguinte frase: “Doutor me ajude, tá doendo muito”! Para amenizar esse tipo de sofrimento, a direção do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HETSHL) implantou o Serviço Especializado em Dor Aguda (Seda), que beneficia inúmeras pessoas assistidas diariamente na unidade, principalmente aquelas politraumatizadas.
O médico Clóvis Borges, coordenador do Serviço no Trauma, explicou que o objetivo do trabalho é tratar a dor e, consequentemente, fazer com que o paciente tenha uma recuperação rápida e sem sequelas.


“Objetivamos com o nosso trabalho minimizar as sensações álgicas dos pacientes internados, ambulatoriais ou pós-operatório através de protocolos de controle da dor. A meta é identificar, precocemente, e tratar todos os pacientes para que este tenha uma rápida recuperação. É reduzir a dor e, como consequência, diminuir seus efeitos no organismo”, definiu o médico.



Treinamento – O serviço está funcionando efetivamente desde o início do mês de novembro, mas há vários meses a equipe formada por mais de 100 profissionais vem passando por um treinamento especifico para atender aos usuários. Foram capacitados os profissionais que trabalham no bloco cirúrgico, na Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA), na emergência e urgência, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de Queimados (UTQ) e nas enfermarias.


São médicos especialistas em anestesiologia, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, além de uma assessoria consultiva formada por nutricionistas, assistentes sociais e uma farmacêuta. “Foram quatro meses de planejamento e capacitação da equipe, que vão servir de multiplicadores em seus setores, pois este é um trabalho multidisciplinar e multiprofissinal, onde teremos um atendimento ainda mais humanizado e quem ganha é o paciente”, destacou o coordenador.


Assistência e terapia – Conforme o coordenador, assim que o paciente chega ao hospital a equipe entra em ação para avaliar o grau de sua dor e qual o tratamento adequado para ela. Por isso, foram adotadas como padrão de avaliação no atendimento a escala visual analógica (EVA), que segue o princípio numérico de 0 a 10, e a de faces, para quem tem dificuldade cognitiva.

“Na analógica, o paciente indica em qual grau está a sua dor em uma escala de zero a dez. Mas se o paciente tiver alguma dificuldade de sinalar, utilizamos uma escala de faces, onde rostos indicam a proporção da dor. A partir daí, a enfermagem solicita o médico anestesista que prescreve a conduta a ser seguida”, explicou Clóvis. O tratamento terapêutico realizado pode ser através de medicamentos ou bloqueios anestésicos, ou ambos, dependendo do caso. A dor segue uma escala que vai de leve, passa por moderada até a intensa.



Efeitos – O primeiro Serviço de Dor Aguda do Estado da Paraíba, tanto na rede pública como privada, não apenas traz efeitos imediatos. Diminuindo o impacto da dor no paciente, além da recuperação mais rápida, o paciente fica livre de sequelas. “Além de prolongar o período de internação, pois dificulta a reabilitação, a dor também pode produzir processo patológicos, pois baixa a imunidade e pode levar a pneunomia, problemas cardíacos e até infarto. São vários efeitos de morbidade (ruins), em consequência da dor”, alertou o coordenador.


Ele informou que “a medicação analgésica utilizada no tratamento é de primeira linha. A farmácia está bem estrutura e os setores bem coesos. O apoio da diretoria no sucesso desse trabalho foi fundamental”.

A equipe de Controle da Dor funciona 24 horas por dia e centraliza a coordenação dos procedimentos analgésicos até a alta do paciente. A palavra ‘dor’ origina-se do latim dolore. Os dicionários a definem como “impressão desagradável ou penosa decorrente de alguma lesão ou contusão, ou de um estado anormal o organismo ou de parte dele”. A dor aguda está relacionada à lesão causadora, ou seja, deve desaparecer durante o período esperado de recuperação do organismo ao evento que a está causando.


Ascom

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