A série de
encontros Emoções na Família, uma ação do Governo da Paraíba, através da
Secretaria de Estado da Educação em parceria com a Inteligência Relacional, vem
conseguindo, com êxito, provocar mudanças de comportamento nas crianças e em
seus pais.
Segundo Fabiana Alves de
Oliveira, educadora socioemocional da EEEF Nestor Antunes, município de Santa
Cruz (445,5 km da capital João Pessoa) as mudanças no comportamento das
crianças superaram as expectativas. “Elas, além de estarem mais concentradas,
realizando as tarefas, coisa que não faziam, aprenderam e seguem exercícios de
concentração, respiração, passaram a entender e respeitar mais os colegas. E
para os adultos, esses encontros das famílias na escola foram muito
importantes. Os pais participam mais do dia a dia dos filhos, ajuda-os,
incentiva-os, dialogam e entendem mais a necessidade afetiva deles. Isso
fortalece o trabalho de valorização da educação”, comenta Fabiana.
A Nestor Antunes encerrou na
noite desta quarta 29 o ciclo de oito encontros Emoções na Família. Os pais
puderam expressar o que vivenciaram e como passaram a administrar suas emoções.
Uma das mães, Viviane Pinto destacou que os laços de sua família com a escola
se ampliaram. “Estou mais consciente de meus sentimentos, de como trabalhar
minhas emoções. Passei a entender e dialogar mais com meu filho, dando mais
atenção às coisas que ele leva e fala da escola para casa. Sempre fui muito
explosiva, mas, diante do que aprendi nesses encontros, consigo controlar
melhor esse sentimento”, enfatizou.
A gestora da Nestor Antunes,
Maria Aparecida Andrade, também educadora socioemocional, destacou o
pioneirismo do tema educação emocional em Santa Cruz trabalhado com os pais.
“Perdão, autoestima, afetividade, diálogo, tolerância, dentre outros jamais
haviam sido abordados na escola com os pais. São temas que estão levando a
família a refletir em casa, no seio familiar, a aprimorar o relacionamento,
gerando maior harmonia”, disse Aparecida.
Talita Barros Costa, mãe de um
dos 160 alunos da Nestor Antunes, explica que hoje elogia mais as atitudes
positivas de seu filho, pois aprendeu nos encontros a importância dessa
prática, que melhora a autoestima do próximo. “Hoje me sinto mais à vontade para
conversar com meus filhos, refletir também sobre minhas atitudes, penso bem
antes de agir”, desabafou sorrindo. Janaina Ismael dos Santos compartilha dessa
opinião, enfatizando que sua família está mais unida e há mais harmonia em
casa.
Isabel Cristina, do Núcleo de
Ação pedagógica da 10ª Gerência Regional de Educação, diz que havia essa
necessidade de trabalhar as emoções das famílias. Cita a questão da localização
da maioria das escolas estaduais na periferia das cidades, onde a comunidade
geralmente é carente desse tipo de ação. Com a implantação da Liga Pela Paz,
que passou a fazer parte do dia a dia das crianças do Fundamental I ano
passado, era preciso, segundo ela, trabalhar também com seus pais.
“Percebíamos durante os encontros
a carência no semblante dos pais e a vontade de mudança, de resgate dos
valores. Foi um belo trabalho de vivência dos pais. Há depoimentos de alguns
educadores que relatam a mudança de comportamento dos alunos na convivência com
o próximo. “É preciso que a gente mantenha essa parceria escola, aluno e
comunidade para que a educação continue a avançar positivamente”, disse
Cristina
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