De acordo com o
Núcleo de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em 2015 a
faixa-etária do público que deve ser imunizado contra o vírus do Papiloma
Humano (HPV) vai ser ampliada. Agora as meninas de 9 a 11 anos de idade também
devem receber a vacina.
Com a ampliação da
faixa etária, o Ministério da Saúde busca alcançar a cobertura vacinal de forma
rápida com a administração das duas doses. Além disso, a terceira dose, cinco
anos depois, funcionará como um reforço, prolongando o efeito protetor contra a
doença. O Ministério da Saúde está investe R$ 360,7 milhões na aquisição de 12
milhões de doses da vacina.
Em 2014, 98.052
meninas entre 11 e 13 anos receberam a primeira dose da vacina, o que representa
99,19% de cobertura. Quanto à segunda dose, 60.237 meninas foram imunizadas, ou
seja, 60,56%. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 80%.
“Ainda não
atingimos a meta das meninas que tomaram a segunda dose, mas a SES já planeja
com as regionais e municípios estratégias para que possamos alcançar essa
população, juntamente com essa nova faixa etária que vai entrar agora, em 2015.
É importante lembra que este ano nós iremos vacinar prioritariamente as meninas
de 9 a 11 anos, e também aquelas de 11 a 13 anos que não receberam a segunda
dose da vacina ano passado ou que irão tomar a primeira dose”, explicou o
enfermeiro do Núcleo de Imunização da SES, Edson Lira.
A vacina para a
nova faixa etária vai estar disponível a partir da próxima segunda-feira (9),
nas escolas ou nas Unidades de Saúde da Família. “O local onde será oferecida a
vacina ficará a critério de cada município, conforme orientação do Programa
Nacional de Imunizações, deixamos a critério de cada município a realização da
segunda dose ano passado, assim eles conseguiram ver qual a melhor estratégia.
Teve município que ofereceu a primeira dose nas escolas e quando mudou para a
unidade de saúde perdeu muitas meninas, então, cada município vai avaliar qual
a melhor estratégia para que possamos atingir o maior número de meninas”,
explicou Edson.
O objetivo da
vacina contra o HPV no Brasil é evitar o câncer do colo do útero, reduzindo
assim a incidência e a mortalidade pela enfermidade. A vacina é um excelente
método de prevenção primária que proporciona uma maior proteção à infecção pelo
HPV. Edson Lira alerta para a importância das adolescentes receberem a vacina.
“É preciso alertar e sensibilizar tanto as adolescentes quanto os pais sobre a
importância dessa vacinação contra o HPV para a prevenção do câncer do colo de
útero futuramente. É importante que a adolescente leve o cartão de vacinação.
Na aplicação da primeira dose, a adolescente receberá uma carta-lembrete da
segunda dose, pois muitas não voltam e a proteção só estará completa com as
três doses”, concluiu.
Vacina – É administrada por via intramuscular
(injeção de apenas 0,5 ml em cada dose) e confere imunidade contra os tipos
6,11,16 e 18. Para receber a dose, a adolescente deve apresentar o cartão de
vacinação com documento de identificação.
Cada uma deverá
tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda seis meses depois e
a terceira cinco anos após a primeira dose. A vacina HPV pode ser administrada
simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação do PNI,
sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma delas.
A vacina contra o
HPV apresenta eficácia de 98,8% contra o câncer de colo de útero, porém não
substitui a realização do exame preventivo, o Papanicolau, nem o uso de
preservativos.
HPV – É um vírus transmitido pelo contato direto
com a pele ou mucosas infectadas por meio da relação sexual. Também pode ser
transmitido de mãe para filho no parto. De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), os vírus 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer de
colo de útero. Aproximadamente 0,5% das mulheres contaminadas pelo vírus
desenvolvem o tumor. Se houver tratamento adequado, é possível prevenir a
doença em 100% dos casos.
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