Aconteceu na manhã de ontem
(terça-feira 24) no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde a primeira
reunião de 2015 da CIRs – Comissão Intergestores Regional do Sertão, que reúne
secretários de 24 municípios da jurisdição Patos. Ao final da reunião foi
eleita a nova diretoria da Comissão, que passa a contar com novo presidente,
Wedson Araújo, secretário de saúde de Vista Serrana, que substitui o de
Desterro, Rubens Marques.
A abertura do encontro foi feita
pelo gerente regional de saúde, José Leudo Farias, que apresentou o
quantitativo dos atendimentos realizados pelo Hospital Regional de Patos Dep.
Janduhy Carneiro, o respectivo de cada município e teceu críticas ao descaso
que existe na atenção básica, o que acarreta congestionamento na urgência e
emergência do HRP; passou vários informes aos secretários presentes (12) sobre
contraceptivos, testes rápidos, teste do HIV, caderneta da gestante, cirurgias
eletivas, mamografia e tabagismo.
A secretaria do município de
Emas, Priscila Wanderley, lamentou a falta de urgência em sua localidade e na
maioria dos demais municípios da regional e que muitos ficam reféns dos
médicos, que não permanecem na cidade durante toda a semana. Criticou o
atendimento do Regional de Patos, enfatizando que este não tem o atendimento
ideal. José Leudo lembrou que a maioria dos atendimentos do Hospital Regional
de Patos acontece no horário da manhã e da responsabilidade da atenção
primária, ou seja, do PSF.
Um dos assuntos importantes
discutidos na reunião da CIRs foi em relação ao atendimento de alto risco das
gestantes, para a maioria dos secretários, não vem correspondendo às
necessidades das mulheres. O serviço é oferecido na Maternidade Dr. Peregrino
Filho. O gerente de saúde reconheceu falhas e informou que na próxima reunião da
Comissão convocará a direção da Maternidade para dar maiores explicações.
O trabalho de monitoramento da
dengue foi discutido. Eugênio Pacceli, do setor de Vigilância Ambiental,
destacou alguns problemas que vem sendo identificados no decorrer das
atividades dos ACS (Agentes Comunitários de Saúde) e ACE (Agentes de Combate às
Endemias), que estão trabalhando aleatoriamente, sem coordenação, sem
fiscalização, com falta de EPI, material de expediente. “É preciso que os
gestores tenham um olhar especial para o trabalho desses profissionais, que
estão em contato mais próximo da população e possuem importante papel na
prevenção às doenças”, comentou Eugênio.
O apoiador da GRS, Paulo Sérgio,
ressaltou a distância que existe entre as categorias de ACS e ACE, o que
dificulta bastante o serviço e diminui o rendimento das ações. O secretário de
saúde de Catingueira, Davi Nunes, frisou também o descaso que há com os ACS e
ACE. Disse que não deveria ser necessário a intervenção do Ministério Público e
que o próprio colegiado tem condições de resolver a questão, bastando apenas
vontade para isso.
Outros secretários lamentaram a
falta de vontade de trabalhar por parte das categorias citadas, mas concordaram
que eles estão trabalhando muito soltos, sem orientação. O Ministério Público,
em recente reunião ocorrida no GIAASP – Grupo Independente de Ação e Análise Sócio
Política, de Patos, deixou claro que está investigando alguns municípios em
torno da aplicação dos recursos na saúde básica.
Outro informa passado foi sobre
as conferências municipais de saúde 2015, que acontecem de abril a julho,
enquanto a estadual será realizada em outubro.
Ao final aconteceu eleição, com
chapa única, sendo eleito para presidente da CIRs, Wedson Araújo (Vista Serrana)
presidente; João Paulo (Matureia) vice-presidente; Rubens Marques (Desterro) tesoureiro,
tendo como suplente Priscila Wanderley (Emas); José Leudo Farias (gerente da 6ª
GRS) secretário e tendo como seu suplente o apoiador Paulo Sérgio.
Marcos Eugênio (Ascom)
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