A Secretaria de Estado da Saúde (SES),
por meio da Gerência Operacional de Vigilância Ambiental, prorrogou, até
sexta-feira (30), o prazo para o repasse do Levantamento de Infestação
Predial (LIRAa e LIA). Até o momento, 180 dos 223 municípios enviaram os
dados. Os resultados do LIRAa e LIA são fundamentais para o
planejamento das ações de combate à Dengue e à Febre Chikungunya.
A gerente executiva de Vigilância em
Saúde da SES, Renata Nóbrega, explicou a importância do envio dos dados
pelos municípios. “Empreender ações efetivas para a redução dos índices
de infestação predial, deve se tornar, de fato, uma preocupação
constante, diária e intensa, para os gestores municipais. É de extrema
importância que os municípios realizem esse levantamento a fim de se
conhecer a realidade sobre a infestação do Aedes Aegypti para, em
seguida, promover as medidas de controle”, disse.
Todos os 223 municípios deverão
realizar, anualmente, quatro ciclos de LIRAa ou LIA (este último para
municípios abaixo de 2.000 imóveis), nos meses de janeiro, março, julho e
outubro. Os domicílios, onde ocorrerá o levantamento, são escolhidos
por sorteio eletrônico.
As larvas encontradas são enviadas para
os laboratórios existentes nas 12 Gerências Regionais de Saúde, onde
são identificados se as larvas são do mosquito Aedes Aegypti,
transmissor da dengue e da chikungunya. “Neste levantamento, são obtidas
informações sobre os recipientes pesquisados e aqueles com larvas de
Aedes. Os recipientes mais encontrados são vasos e pratos de plantas,
inservíveis como latas; potes, frascos, garrafas e aqueles não
removíveis como piscinas, bebedouros de animais, lonas e outros de
utilidade para o morador, além de pneus e caixas d’água”, disse o chefe
do Núcleo de Fatores Biológicos, da SES, Antonio Neto.
A partir do levantamento realizado
pelos agentes de Controle de Endemias dos municípios, é feita uma
classificação de risco, proposta pelo Ministério da Saúde, por meio do
Programa Nacional de Controle da Dengue.
De acordo com a classificação do
programa, abaixo de 1% da quantidade de imóveis com larvas é considerado
satisfatório; entre 1% e 3,9%, em alerta; e acima de 3,9%, em risco.
Dos 180 municípios que enviaram o levantamento, 42 estão em situação
satisfatória, 88 em alerta e 50, em risco.
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