As mortes relacionadas à dengue na
Paraíba tiveram uma redução de 52,95% no ano passado em relação a 2013.
De 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2014 (52ª semana epidemiológica),
foram registrados oito óbitos, sendo dois em João Pessoa, dois em
Campina Grande, um em Patos, um em Cruz do Espírito Santo, um em Cuité e
um em Itapororoca, enquanto que, no mesmo período do ano anterior,
foram 17 óbitos confirmados pelo agravo. No Brasil, também houve queda
em comparação a 2013. Foram 398 mortes contra 652 confirmadas no ano
passado, uma redução de 39%.
Apesar da redução do número de óbitos, a
Secretaria de Estado da Saúde (SES) recomenda às secretarias municipais
manter a rede atenta para o diagnóstico precoce da doença e o manejo
correto para que as mortes sejam evitadas. “É importante o olhar de
vigilância de todos os profissionais da assistência para que seja
identificada a suspeita da doença e iniciado o tratamento adequado”,
alertou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata
Nóbrega.
Em 2014, foram notificados 7.366 casos
suspeitos de dengue na Paraíba. Destes, 1.831 foram descartados e 3.442
confirmados por dengue. Dentre os casos notificados no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação – Dengue online, foram
identificados 201 casos da doença com sinais de alarme, sendo 92 já
confirmados e 12 como dengue grave, sendo dez confirmados. Os demais
(1.880) seguem em investigação, aguardando o encerramento por parte das
secretarias municipais de saúde.
Em relação ao número de notificações de
2014 e 2013, no mesmo período, foram 18.078 notificações, o que
corresponde a uma redução de 59,26%. Levando em consideração o cenário
nacional, a Paraíba encontra-se em conformidade, visto que, o número de
casos registrados de dengue no Brasil caiu 61% entre janeiro e 15 de
novembro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013.
Dos 223 municípios paraibanos, 197
registraram a ocorrência de casos no sistema. Os outros 26 não fizeram
nenhuma notificação durante todo o ano de 2014. “É importante evidenciar
que sinalizar a possibilidade de casos suspeitos é uma forma de manter
todas as equipes de vigilância e assistência atentas para o agravo, o
que contribui para desencadear as demais ações de vigilância
epidemiológica e ambiental necessárias para o controle da doença em seu
território”, disse a técnica responsável pela dengue, da SES, Izabel
Sarmento.
Febre chikungunya – Referente
à febre chikungunya, a Paraíba notificou, em 2014, oito casos
suspeitos: um em Bom Jesus, um em Cajazeiras, um em Campina Grande, um
em Esperança e quatro em João Pessoa. Destes, cinco foram descartados e
três estão em investigação.
A SES alerta que todo caso suspeito de
chikungunya é de notificação compulsória imediata e deve ser informado
em até 24 horas às esferas municipal, estadual e federal.
Para a notificação, os contatos da Secretaria de Estado da Saúde são: 0800-281-0023/ 3218-7331/ 8828-2522.
Vigilância Ambiental – Para
o controle vetorial, a Gerência de Vigilância Ambiental ressalta que
todos os municípios deverão realizar, anualmente, quatro ciclos de
Levantamento de Infestação Predial (LIRAa e LIA), com periodicidade
trimestral (janeiro, março, julho e outubro). Os resultados do LIRAa e
LIA são de fundamental importância para o planejamento das ações de
combate da dengue e da febre chikungunya.
Ações estratégicas nas férias e no verão – Tem
sido observado um padrão sazonal de incidência coincidente com o verão,
devido à ocorrência esporádica de chuvas e aumento da temperatura nessa
estação. É mais comum nos núcleos urbanos, onde é maior a quantidade de
criadouros naturais ou resultantes da ação do ser humano. Entretanto, a
doença pode ocorrer em qualquer localidade, desde que exista população
humana susceptível e a presença do vetor.
A limpeza e verificação das áreas
domiciliares, com a retirada de possíveis criadouros, deve ser atividade
prioritária nas ações de controle da doença.
DIA D+1 – A Secretaria
de Estado Saúde recomenda a todos os municípios que realizem ações do
Dia D+1, proposta pelo Ministério da Saúde, para a intensificação da
mobilização social, que acontecerá no dia 7 de fevereiro de 2015.
Recomenda-se uma intensa mobilização da população, além de mutirões de
limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais do Estado para
o diagnóstico correto das doenças, identificação dos principais
criadouros e orientação sobre as ações de prevenção e controle de dengue
e chikungunya.
Secom
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