O Hospital Regional de Patos Dep.
Janduhy Carneiro atendeu no mês passado (dezembro) 6.641 pessoas de 81
municípios paraibano, do RN, PE e do CE. Desse total, 6.074 foram atendimentos
de urgência. O número de vítimas de acidentes no trânsito permanece bastante
alto, com o registro de entrada de 315, mantendo assim a média mensal.
O maior número de usuários é de
Patos, com 4.136. A grande maioria busca serviço ambulatorial, apesar do
Janduhy Carneiro ser de média e alta complexidade. Problemas de saúde como dor
de cabeça, aferição de pressão, curativos, que poderiam ser realizados nas
unidades de saúde dos municípios contribuem para congestionar a urgência do
Regional, sobrecarregar as equipes médicas e atrapalhar o atendimento dos casos
mais urgentes.
Hígia Lucena, diretora do
Regional, diz que fica complicado oferecer um bom serviço, apesar de todo o
esforço que vem sendo feito, devido tantos atendimentos ambulatoriais, que não são
de responsabilidade do Hospital. Ela explica que os municípios precisam cumprir
seu papel, que é trabalhar a atenção primária. “Apesar de todas as dificuldades
que enfrentamos, das nossas deficiências, as pesquisas de satisfação com os
pacientes internos têm sido sempre satisfatórias”, acrescentou.
Nesse período de 1 a 31 de
dezembro aconteceram 621 internações. Dessas, 51 pacientes foram vítimas de
acidentes, na sua maioria envolvendo motocicletas. Mais de 80% das cirurgias
ortopédicas que ocorrem no bloco cirúrgico do Janduhy Carneiro são de pessoas
que se envolveram em acidentes com moto.
A diretora do HRP pede
intensificação de campanhas educativas no trânsito, dirigidas especialmente aos
motociclistas. “É muito preocupante essa situação. A gente vê todo dia jovem
perdendo a vida, ficando com graves sequelas decorrentes desses acidentes. É
preciso um choque de conscientização para que as pessoas percebam a gravidade
do que está ocorrendo”, comentou Higia.
Dicas aos motociclistas
1. Ande sempre equipado.
Você já leu e ouviu isso muitas vezes, mas já
parou para pensar no que significa? Andar equipado é mais do que usar
corretamente o capacete. É ter proteção para os olhos, mãos, pés, tornozelos,
joelhos e cotovelos. Na estrada e na cidade, pois a maioria dos acidentes
acontece em áreas urbanas.
Lembre-se que o clima quente não justifica
negligências com a segurança. Para enfrentar o calor procure escolher o
equipamento mais arejado que encontrar.
2. Farol aceso o tempo todo, seja dia ou
noite.
Lembre-se que, a 40 metros de distância, uma
motocicleta pode sumir do campo visual do motorista até mesmo atrás do tercinho
pendurado dentro do carro. Por isso, muitas vezes você está fora do foco dos
motoristas. O farol da moto aceso ajuda a torná-lo mais visível. Roupas e
capacete de cores claras também ajudam.
3. Concentração é fundamental.
A moto é mais rápida e menos visível que os
demais veículos. Só isso bastaria para exigir muita concentração. Mas tem outra
questão. Ela combina pouca segurança passiva com boa segurança ativa. Trocando
em miúdos, em geral a moto tem mais facilidade que um carro para livrar-se de
situações difíceis (segurança ativa). Mas se o acidente acontecer (segurança
passiva), o piloto estará menos protegido do que o motorista.
Para que possa usufruir da segurança ativa, o
piloto tem de estar atento o tempo todo. Só assim ele pode usar todos os
recursos que a moto possui para evitar acidentes. Até aquele antigo
ensinamento, que diz "na dúvida, acelere", só vale se você estiver
atento! Por isso, tudo que atrapalha a concentração constitui perigo para o
motociclista, principalmente a pressa, o nervosismo, o cansaço e o álcool.
4. Pilote de forma defensiva.
A atitude defensiva no trânsito significa dirigir
por você e pelos outros, antecipar-se em relação aos erros alheios e demais
riscos. Pense que, uma vez envolvido em um acidente, pouco adianta provar que a
culpa foi de outra pessoa. Aí o piloto já estará dentro do gesso (na melhor das
hipóteses). Então, aprenda a antever as imprudências e erros dos outros.
5. Conheça as ameaças mais comuns.
Quando você anda de moto, está sujeito a
situações de potencial risco típicas desse veículo. É preciso conhecê-los para
saber evitá-los. Um dos principais são as freqüentes fechadas que sofremos no
trânsito. Muitas vezes os motoristas não têm intenção de fazer isso, eles
apenas não percebem a moto por perto. A atitude mais segura é ter sempre o
pressuposto de que o motorista não está vendo sua moto. Mantenha margem de
manobra.
Não se esqueça de outros pequenos imprevistos
que, para um motociclista, são uma ameaça. Um pedestre distraído, um cachorro
atrapalhado, um pássaro em rota de colisão com a viseira ou fios/cordas
atravessando seu caminho podem provocar acabar com o seu passeio. Necessário
destacar que existe a praga das linhas de pipa. Uma linha perdida, deslizando
sobre a pele, pode ser um susto embaraçoso. Se ela for revestida com cerol,
pode ser fulminante. Corta como uma navalha voadora. No caso de cerol, não
confie na proteção de materiais como couro ou náilon (aliás, já estão à venda
no mercado hastes metálicas protetoras para instalação no guidão da moto,
parecidas com antenas de rádio).
6. Desenvolva o autocontrole.
Acelerar uma motocicleta pode ser tão gostoso e
excitante a ponto de o prazer embotar a noção de prudência. Por isso, sem
autocontrole você pode ser vítima de si mesmo. Adrenalina é legal, mas na hora
e no lugar certo. De preferência, num circuito próprio para alta velocidade.
7. Identifique as armadilhas do
solo.
Em cima de duas rodas não tem jeito. Se você for
traído pelo solo numa curva, é provável que vá comprar chão. Piso molhado,
areia solta, buracos, costela de vaca e, principalmente, óleo na pista. Esses
obstáculos podem estar onde você menos espera. Lembre-se que, na curva, o
alcance da visão é pequeno. Também é nas curvas e rotatórias que ônibus e
caminhões com tanques cheios derramam diesel.
Produtos escorregadios também podem soltar-se da
carga (coisas como grãos, leite ou frutas no chão significam perigo de
derrapagem).
8. Viajar à noite, melhor não.
Pode ser que um dia tenhamos condições propícias
para viagens noturnas. Por enquanto, não temos. Pra começar, a maioria das
motos não tem iluminação eficiente, além disso, viseira de capacete não tem
limpador. Imagine-se à noite, sob chuva, com a luz dos faróis refletida na
viseira molhada. A lama que os caminhões jogam na viseira também atrapalha a
visão. Mas o pior de tudo é que a maior parte das rodovias brasileiras é
precária e mal sinalizada, não permitindo uma viagem segura durante a
noite.
9. Olhe para a frente.
De tão óbvia, tal recomendação seria cômica se o
motivo não fosse trágico. Muita gente se espantaria se houvesse um sensor capaz
de acusar quantas vezes desviamos os olhos enquanto pilotamos. Seja para ver um
outdoor, identificar uma moto diferente que passa, observar um tumulto na
esquina, "filmar" uma gatinha maravilhosa, admirar a paisagem ou para
conversar com o garupa. Uma quantidade considerável de acidentes acontece
naquele exato momento em que o piloto detém os olhos no retrovisor ou em algum
ponto que não seja à sua frente.
10. Assaltos, um perigo a mais.
Como se não bastassem todos esses cuidados e os
"abusos" que sofremos no trânsito, agora temos mais um problema. Os
assaltantes estão de olho em nossas motos, sejam elas pequenas ou grandes,
nacionais ou importadas. Infelizmente, não há muito o que fazer. Reagir não é
aconselhável. Acelerar para escapar é outro risco. Então, se estiver sozinho,
evite locais onde os assaltantes tenham facilidade de atacar. Geralmente eles
usam outra moto para abordar as vítimas.
Fique atento sempre que alguma moto com dois
ocupantes estiver se aproximando. Quando estacionar, procure escolher locais
menos vulneráveis e use algum dispositivo anti-furto na moto.
Pensamento positivo
Depois de ler essas dicas, você poderá dizer:
"se eu sair por aí só pensando em quedas e acidentes, vou acabar caindo
mesmo!"
De fato. Se você se concentrar no tombo, tem boa
chance de cair. Aliás, acontece algo parecido sempre que o piloto quer se
desviar de um buraco, mas, em vez de olhar para o desvio, fixa os olhos no
obstáculo. Vai passar sobre o buraco, com certeza.
O segredo é simples: mentalize as reações
corretas, pense sempre na conduta segura e não naquilo que você pode fazer de
errado. (Fonte: http://www.motondamotos.com.br)
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