A
sessão da Câmara Municipal de Patos Casa Juvenal Lúcio de Sousa, desta
quinta-feira 22, não durou quinze minutos, mas em compensação o público
presente, composto basicamente de comerciantes ambulantes, elevou o termômetro
com muito barulho, protestando pelas normas que estão sendo obrigadas a
cumprirem na comercialização de bebidas durante o São João deste ano. A PM foi
acionada pela Casa para garantir a ordem.
Como
a festa foi privatizada, ficando sob responsabilidade da empresa Área Badalada,
os comerciantes estão na obrigação de seguir uma série de normas, para os quais
haverá prejuízos, segundo bravejaram para os vereadores, pedindo a
solidariedade destes à sua causa. Uma das cláusulas contratuais afirma que os
vendedores ficam obrigados a vender para as empresas de bebidas, que compraram cotas
dos patrocínios. Irão receber 15% do valor dos produtos vendidos. Antes tinham
um lucro de quase 100% quando diminuíam do que fora investido.
Para
vender na área do Terreiro do Forró ninguém poderá ter restrições junto aos
órgãos de proteção ao crédito, SPC e Serasa. Ninguém poderá entrar com bebida,
que será fornecida diretamente pela patrocinadora do evento. A Prefeitura de
Patos poderá gastar R$ 197 mil com a parte cultural, segundo seu setor jurídico
e da Câmara Municipal, como está previsto no orçamento deste ano.
Para
o vereador Diogo Medeiros, a área Badalada quer, como está previsto no
contrato, que os ambulantes trabalhem como garçons para as empresas de bebidas,
as quais pagarão a eles 15% do que for comercializado. “Seria interessante que,
mesmo que as bebidas fossem compradas à Área Badalada, os vendedores ambulantes
não fossem submetidos a receber esse percentual. Apontei aqui na Câmara que o
melhor seria os vendedores procurarem a prefeita Francisca Motta para que ela
possa rever esse contrato com a Área Badalada, empresa de eventos que está
dificultando o São João para com os barraqueiros de Patos”, enfatizou.
Uma
das queixas de parte dos vereadores é com a não apresentação de contas do São
João do ano passado pela Prefeitura, como havia se comprometido a prefeita
Francisca Motta de enviar os dados logo que passasse o evento junino. Inácio de
Gelo, Sales Junior, e o próprio Diogo voltaram a cobrar isso, haja vista que o
Município terá R$ 197 mil para investir novamente no São João, agora totalmente
privatizado.
Sobre
isso o líder do governo, Maurício Alves, explicou que essa prestação de contas
já foi feita ao TCE e já consta no portal Sagres - Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade,
mas que levará os relatórios à Câmara. O vereador Sales Junior orientou os
ambulantes e ir à procura da prefeita, das empresas, do Ministério Público em
busca de seus direitos.
O
vereador Maurício Alves justificou a revolta dos ambulantes que foram protestar
esta noite na Câmara dizendo se tratar de um ato normal, democrático e que reclamações
sempre acontecem no São João de Patos, e
que são pessoas que não trabalharam no ano passado e querem forçar para que
ganhem espaço. Falou que acredita em
mais reuniões para se resolver tudo.
“A
empresa garantiu que nenhum comerciante terá despesas com taxas de inscrição, bombeiros,
instalação de energia, com gelo, tudo será pago pela Área Badalada”, disse
Maurício.
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