
A própria SEC, na divisão de audiências, vai julgar o pedido. Normalmente ela segue as acusações administrativas.
No documento, o secretário de Estado de Massachusetts, William Galvin, um dia após a Telexfree anunciar ter pedido recuperação judicial nos EUA, pela Lei de Falências americana, revelou que a empresa já tinha dificuldade de honrar pagamentos, por isso mudou seu plano de remuneração mês passado e depois pediu recuperação. “A Telexfree causou e continua a causar grandes danos” a uma população “atraída pela falsa promessa de ficar rico depressa”, escreveu, pela SEC.
Em um dos pontos, ele mostra que o esquema não dependia de vendas reais de pacotes de ligações telefônicas pela internet, o VoIP, só 20% do faturamento total. É o mesmo que concluiu o Ministério Público do Acre, ao pedir e obter na Justiça brasileira o bloqueio da Telexfree, em 18 de junho passado: a empresa só pagava quem já investiu com dinheiro de novos participantes.
A autoridade americana aponta descontrole e contradições da Telexfree, como a estrutura mínima de pessoal: sete pessoas fariam o atendimento a “centenas de milhares de supostos usuários do serviço VoIP.” Em outro ponto, a SEC revela que bancos e operadoras de cartão crédito cortaram relações com a empresa com medo da “batata quente”.
A SEC ressalta o envolvimento do brasileiro San Rodrigues como “top divulgador no mundo” da Telexfree. Em 2006, ele foi condenado justamente por montar uma pirâmide nos EUA, fechada pelas autoridades. Na conclusão, a SEC pede punição para as empresas do esquema (Telexfree no Brasil e nos Estados Unidos) e a sete brasileiros e americanos, entre eles o diretor e sócio Carlos Costa, que costuma divulgar vídeos em defesa do negócio.
NE10
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