Sales levou o questionamento à tribuna |
Jefferson diz que Patos precisa do aterro |
Maurício fala que governo seguirá todas as recomendações do TCE |
Marcos Eugênio
O lixão de Patos é um problema de
saúde pública que vem se arrastando há muitos anos, trazendo infortúnios à
população, especialmente quando no local há incêndios, o que torna-se
inevitável a invasão de fumaça que atinge toda a cidade, prejudicando
principalmente idosos, crianças, pessoas com problemas respiratórios.
O que deveria ser uma das marcas
do governo Nabor Wanderley, segundo o vereador Jefferson Melquíades, já no
primeiro ano de sua administração, com ampla discussão, visitas técnicas, o
aterro sanitário continua sem solução.
Os anos se passaram a nada
concretizado. Ontem (quinta-feira 03) na Câmara Municipal Casa Juvenal Lúcio de
Sousa, o vereador Sales Junior, fazendo soar a preocupação do Giaasp – Grupo de
Ação e Análise Social e Política, trouxe à tona a discussão e da necessidade de
criação de uma comissão com participação do Legislativo para conhecer as
denúncias do TCE, que suspeita de irregularidades no processo de licitação do
aterro.
Sales disse que os indícios de
irregularidades apontados pelo Tribunal de Contas precisam ser esclarecidos o
quanto antes e a informação do Giaasp é de que até a próxima terça-feira um
conselheiro deve apresentar um relatório sobre o caso. “Caso esse parecer não
seja apresentado formaremos uma comissão com a sociedade civil para questionar
o Tribunal e conhecer a realidade desse processo licitatório, para que tudo
ocorra com transparência. Patos não pode ser prejudicada. Existe um prazo para
a construção da obra, que é agosto ou outubro deste ano e não podemos perder
esse aterro, tão importante para resolver os problemas do lixo em nossa cidade”,
explicou o vereador.
O vereador Jefferson Melquíades também
falou da preocupação com possíveis fraudes em relação à licitação do aterro. “Patos
não suporta mais, com mais de 100 mil habitantes, sem um aterro sanitário. Para
mim o aterro sanitário é o projeto mais importante para o município no tocante
ao meio ambiente e a cidade não cumpre lei que obriga seu funcionamento.
Precisamos conhecer se realmente existiu fraude na licitação e fazer o projeto
andar para o bem da sociedade patoense”.
Outro problema, também apontado
por Sales, bem parecido com a avaliação do aterro pelo TCE é em relação ao
Cidade Digital. Ele diz que há indícios também de irregularidades no processo
de licitação. Citou que o município foi contemplado com mais de R$ 2 milhões
para implantar o sistema de acesso livre de internet (wi-fi) gratuito. “Devido
a toda essa celeuma a prefeita Francisca Motta decidiu devolver o dinheiro.
Acho que se, está tudo transparente, ela deveria ter dado continuidade ao
projeto.
O líder do governo na Câmara,
Maurício Alves, disse que a prefeita determinou o cancelamento do Cidade
Digital por que vinham ocorrendo nacionalmente muitos questionamento em relação
à internet, com base nas denúncias do Jampa Digital, escândalo que ficou
conhecido nacionalmente, que envolveu a administração pessoense do ex-prefeito
e hoje governador Ricardo Coutinho.
“Com isso a cidade não teve
qualquer prejuízo, já que houve implantação de internet gratuita em diversas praças
da cidade de Patos. Todo gestor de competência faria o mesmo que Francisca fez,
de cancelar o procedimento”, explicou Alves.
Em relação ao projeto do aterro
sanitário, explicou que o TCE está analisando a fundamentação do Tribunal e ai
o Município se pronunciar sobre o caso. Disse que o governo municipal se
resguarda ao que for orientado e fará tudo que a instituição determinar.
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