Hígia Lucena |
Helena Teixeira |
Municípios de toda a macrorregião
de Patos participaram nesta quinta-feira de uma capacitação oferecida pela
Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Agevisa – Agência Estadual de
Vigilância Sanitária. O tema trabalhado por Helena Teixeira, diretora técnica
da Agevisa-PB foi tabagismo.
Ela explicou que esse trabalho de
qualificação de coordenadores e fiscais das visas municipais faz parte da
descentralização das ações no âmbito do SUS, como prevê a lei 8.080. Disse que
o tabagismo, por apresentar altas taxas de mortalidade, os agentes de saúde não
se devem ficar de braços cruzados.
Durante a oficina, ocorrida no
auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde, discorreu sobre conceitos da
substância do tabaco, com destaque para a nicotina, que causa a dependência; a Classificação
Internacional de Doenças (CID); formas de como se contrai o tabagismo, desde
seu plantio; das suas mais de 4 mil substâncias, 40 delas cancerígenas; estatísticas;
efeitos; meios de prevenção e combate;
legislação, dentre outros.
Segundo a OMS (Organização
Mundial de Saúde) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho), por ano 5
milhões pessoas morrem no mundo em consequência do tabaco. No Brasil as
estatísticas apontal 200 mil morte/ano.
Os números apresentados pela
diretora da Agevisa-PB serviram de reflexão e propostas para ações a ser desenvolvidas
pelos municípios, que inclusive recebem recursos através da Anvisa para
atividades preventivas com a comunidade. Essas ações devem constar em relatório
que são analisados por órgãos fiscalizadores, a exemplo do TCE. A gerente
regional Patos da Agevisa, Hígia Lucena, chamou a atenção da responsabilidade
que os municípios têm de comprovar, com ações, os recursos enviados pelo
Ministério da Saúde.
Pesquisa sobre tabagismo na
Paraíba aponta que no Estado são 511 mil fumantes, desses 100 mil vivem na
capital João Pessoa. Considerada doença crônica, o tabagismo tem que ser
encarada com muita informação, prevenção, segundo Helena Teixeira. Sugeriu que os
municípios tivessem maior sensibilidade para essa problemática, o tabagismo.
Além dos males que causa à saúde,
seus restos, as bitucas, se tornam o lixo mais tóxico do planeta, devido a
quantidade de substâncias existentes em sua composição que vão parar no meio
ambiente, dentre elas nicotina, alcatrão, formol, cetona, mercúrio, naftalina,
cádmio, chumbo, monóxido de carbono, só para citar algumas
Helena explicou que o papel do
Estado é capacitar as vigilâncias sanitárias para que elas assumam o
compromisso de trabalhar políticas de saúde com a comunidade, que os agentes se
sintam motivados nesse trabalho e que os gestores se sensibilizem também e ofereçam
apoio às iniciativas contra o tabagismo implementadas por suas equipes.
A parceria do Governo do Estado
com os municípios, descentralizando as funções da Agevisa, dando
responsabilidade às vigilâncias sanitárias, que estão mais próximas da
comunidade, está sendo ampliada em toda a Paraíba, sendo um momento de apoio,
orientação, capacitação, fortalecendo a política de saúde preconizada pelo SUS,
que objetiva prevenir doenças e oferecer apoio psicológico e tratamento a quem
precisa.
Marcos Eugênio
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