As operadoras Oi e TIM tiveram os piores desempenhos nas medições de banda larga móvel realizadas em setembro pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), não atingindo determinadas metas de velocidade e qualidade em alguns Estados brasileiros.
A Oi ficou abaixo das metas de velocidade instantânea em Alagoas e Bahia. No Sergipe, ficou abaixo da meta de velocidade instantânea e velocidade média. Já a TIM não atingiu o patamar mínimo em velocidade instantânea em São Paulo - com 94,56% das medições apresentando a velocidade mínima contratada -, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo.
A operadora Claro, da mexicana América Móvil, atingiu todas as metas no período na medição da banda larga móvel. A NET, empresa de banda larga fixa do mesmo grupo, ficou abaixo da meta de perda de pacote em Minas Gerais e de disponibilidade no Rio Grande do Sul.
A Vivo, por sua vez, ficou abaixo da meta de velocidade instantânea na banda larga móvel em Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Os estados que tiveram o melhor resultado aferido pela medição foram São Paulo e o Paraná, além do Distrito Federal. Em São Paulo, apenas a operadora de internet móvel TIM ficou abaixo da meta da Anatel para a velocidade instantânea.
Procuradas, as operadoras não se pronunciaram até o momento.
A velocidade instantânea é a velocidade de upload e download apurada no momento de utilização da Internet. Já a velocidade média é a média das medições de velocidade instantânea apuradas durante o mês. A latência é o período de transmissão de ida e volta de um pacote.
A perda de pacotes ocorre quando, por falha ou baixa qualidade da conexão, um dos pacotes não encontra seu destino; e disponibilidade é o período durante o mês em que o serviço ofertado pela prestadora esteve disponível para o usuário.
Banda larga fixa
Na banda larga fixa, os piores desempenhos ficaram com Oi e GVT, que não atingiram algumas metas de velocidade e qualidade.
A Oi deixou de atingir pelos menos uma das metas - de latência, perdas de pacote, disponibilidade - nos Estados de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Já a GVT não atingiu as metas de perda de pacotes e disponibilidade em Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul. No Estado de Santa Catarina, a empresa não atingiu a meta de disponibilidade.
No Paraná, a prestadora de telefonia fixa Sercomtel ficou abaixo da média. Em Minas Gerais, nenhuma prestadora de internet fixa (Algar, Net, GVT e Oi) cumpriu todas as metas estabelecidas pela Anatel. Todas ficaram abaixo da meta no quesito perda de pacotes.
Para as medições da banda larga fixa, foram escolhidos voluntários que tiveram seus dados registrados por medidores (whiteboxes) instalados nos domicílios selecionados. Foram acompanhados indicadores como velocidade instantânea, velocidade média, disponibilidade e período de transmissão.
Para a velocidade instantânea, as empresas teriam que, em pelo menos 95% das medições, apresentar velocidade de, no mínimo, 20% do que foi contratado. A velocidade média medida durante o mês, deve alcançar 60% da velocidade contratada, de acordo com o regulamento da Anatel.
Desenvolvido desde o final de 2012, o projeto de medição da qualidade da banda larga pretende reunir informações para a adoção de medidas que permitam a melhoria progressiva da qualidade do serviço.
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