Está acontecendo
nesta terça-feira 20 no Cerest – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador,
de Patos, o I Encontro de Gestores Municipais da III Macrorregião de Saúde da
Paraíba, evento promovido pelo Governo do Estado, em parceria com o Município.
Na pauta do
encontro, para o qual foram convidados gestores de todos os 49 municípios que
compõem a Macro III (Patos, Piancó e Princesa Isabel), se discute a
implementação e parceria com estes em torno da Política Nacional de Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora. Ao final todos devem sair com um plano de ação ,
informando quais são seus parceiros e de que forma vão desenvolver atividades
que promovam a saúde do trabalhador.
Cileida Maria
Barros, diretora geral do Cerest-PB, disse que o Governo do Estado está
oferecendo todo seu apoio aos municípios, repassando os indicadores de saúde e
metas que cada um precisa atingir, de acordo com as portarias ministeriais.
Ela explicou que
a saúde do trabalhador está passando despercebida pelos profissionais de saúde,
e uma das falhas é a não notificação de doenças e agravos na rede de saúde. “Há
muitas doenças crônicas como diabetes, hipertensão, câncer que muitas vezes
estão associadas ao ambiente, às condições de trabalho a que o trabalhador tem
de enfrentar no dia a dia de sua atividade”, enfatizou.
Cileida afirmou
ser preciso identificar as atividades econômicas de cada região, as doenças que
estão relacionadas ao ambiente de trabalho. Disse que segurança não diz
respeito apenas ao uso do EPI (equipamento de Proteção Individual), mas a ações
preventivas, que diminuam riscos à saúde dos funcionários.
Trabalho Infantil
O trabalho
infantil tem sido uma das maiores preocupações do Cerest, pela exposição, pela
maior suscetibilidade das crianças às doenças que os adultos. No ranking
nacional de trabalho infantil a Paraíba saiu da 3ª posição para a 21ª, número
importante, mas que, segundo a diretora do Cerest Estadual, é necessário que
continue avançando e para isso é crucial fortalecimento da parceria envolvendo
as secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social, MP, MPT,
Superintendência Regional do Trabalho, em ações conjuntas que não só inibam o
trabalho infantil como conscientize a todos sobre o problema.
Capacitação
Ela diz que
ainda persiste o trabalho infantil, grande parte por questões culturais e cita
o exemplo da lavou, aonde as crianças ajudam seus pais e se tornam bastantes
vulneráveis às doenças. Nessa luta de fortalecimento de rede o Governo da Paraíba
está oferecendo uma série de cursos sobre os protocolos, portarias que
regulamentam a práxis do acolhimento, notificação, educação sobre a saúde do
trabalhador, para os profissionais da atenção primária, ACS, vigilância em
saúde. Nessa parceria o município agenda dia e horário e o Estado envia os
facilitadores.
Cláudia Miranda,
coordenadora do Cerest Patos, falou do trabalho que o órgão vem realizando na
cidade, destacando o de conscientização, através de palestras, em empresas,
canteiros de obras, alertando sobre a importância da prevenção a doenças. Reforçou
a necessidade da notificação dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho,
as enfermidades desencadeadas que leva a algum tipo de lesão corporal,
alteração psicológica. “São doenças que podem atingir a qualquer trabalhador,
seja segurado ou não pelo INSS, servidor público, da iniciativa privada, no
exercício de suas funções.
Marcos Eugênio
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