A convocação extraordinária da Câmara Municipal de Patos/PB no mês de janeiro de 2011 custou, segundo depoimento dos vereadores, a bagatela de R$ 30 mil, que tinham sido depositados antecipadamente pela Prefeitura Municipal de Patos.
Com esse valor, cada vereador deve ter ficado com R$ 2.727,27 para participar apenas de três sessões, no sentido de apreciar o Projeto de Lei 036/2011, enviado pelo executivo municipal e depois retirado de pauta pelo líder do governo.
A Câmara Municipal de Patos tem uma receita mensal (duodécimo), que gira em torno de R$ 230 mil, e destes, cada vereador ganha praticamente R$ 6 mil para trabalhar 8 horas semanais e 32 durante o mês, e nessas convocações extraordinárias, ainda têm que receber o jetom.
Interessante é que cada vereador ganha em média por ano R$ 72 mil e com mais esse extra chega praticamente a R$ 75. Isso sem falar nas outras ajudas que dizem que tem. Enquanto isso, o trabalhador para ganhar esse valor, com um salário mínimo de R$ 622,00, teria que trabalhar 121 meses, ou seja, 10 anos, com até 44 horas semanais e férias de apenas 30 dias, quando o recesso legal da Câmara de Patos é de 90 dias.
Por isso, continuo defendendo que o recesso da Câmara seja reduzido para 30 dias e que os salários dos vereadores sejam também reduzidos para um salário mínimo, pois é uma grande contradição, um trabalhador normal para um vereador em nossa cidade, no tocante a jornada de trabalho e ainda mais no salário.
Trinta mil reais perdidos, que dariam para pagar uma parte dos precatórios, pelo menos dos 65 servidores que já morreram sem ver esse dinheiro nas suas contas.
José Gonçalves (presidente do SINFEMP – Sindicato dos Funcionários Públicos de Patos e Região)
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