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Formação de educadores em Cuité. |
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Natália Machado |
Quando há carência de afeto,
tolerância e ética nas relações interpessoais surgem conflitos diversos. No
seio escolar esta desordem emocional requer do educador e do gestor
sensibilidade para administrá-la. Natália Machado Agra, educadora do 4º
ano da EEEFM Adauto Cabral Vasconcelos, do Riachão do Bacamarte, presente na
formação do dia 06 de junho, ocorrida em Itabaiana, 12ª Gerência Regional de
Educação (GRE), diz que a Metodologia Liga Pela Paz pode melhorar bastante a
relação dos alunos, que trazem de casa certa agressividade. “Em uma situação de
violência ocorrida aqui na escola primeiro atendemos o aluno ferido. Depois
conversamos com o agressor e chamamos seus pais. Hoje tudo foi superado e os
dois têm comportamento amigável. Muito importante trabalharmos esses temas da
Liga Pela Paz, tanto na escola quanto na família”, comenta Natália.
Detectando casos de violência
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Alx Sandro |
O educador Alex Sandro Alves, da
EEEF João Fagundes de Oliveira, também em Itabaiana, diz que a formação foi uma
importante aprendizagem. “A Liga Pela Paz possibilita aos alunos resolverem
seus conflitos de maneira mais respeitosa, educada, com diálogo, sem
necessidade de partir para agressão verbal ou física. Assim eles se tornam
conscientes também para procurarem o professor, a direção escolar para resolver
certas desavenças, sem a necessidade de ato violento. Além disso, a metodologia
permite que os professores detectem situações como esta e auxiliem o aluno”,
afirmou Alex Sandro.
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Maria das Graças |
Encravado no Curimataú paraibano,
com uma população de aproximadamente 20 mil habitantes, sendo sede da 4ª GRE,
Cuité contou com 100% dos educadores convidados para a formação em Educação
Emocional e Social, ocorrida no dia 09 de junho. A gerente regional de
educação, Maria das Graças Medeiros de Almeida, falou do sucesso que tem sido a
Metodologia Liga Pela Paz nas escolas da 4ª GRE, pelo envolvimento e
comprometimento dos educadores, que abraçaram a iniciativa.
Ela elogiou, ainda, a atitude do
Governo do Estado, por meio da Secretaria de educação, de ampliar o acesso à
Liga Pela Paz para alunos do 6º e 7º anos. “Eles estão chegando a uma fase
crítica e muitos pais não têm conhecimento necessário para conduzir a formação
do filho. Nesses três anos de Liga Pela Paz houve melhoria de relacionamento
entre professores e alunos, redução de conflitos, da indisciplina e presença
marcante da família na escola”, esclareceu a gerente regional.
Emoções conturbadas
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Solange Crispim |
Solange Crispim, coordenadora
pedagógica da 4ª GRE, sempre presente nesse processo de formação dos
educadores, diz que a educação emocional foi uma surpresa agradável. “Os
resultados em sala de aula são bastante satisfatórios nesses três anos de Liga
Pela Paz. Muitas das emoções nas crianças são conturbadas, existem muitos conflitos
internos, na família, na rua, no convívio social. Quando esses sentimentos são
trabalhados as crianças se transformam”, analisa Crispim.
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Auderivânia Lima |
A cada encontro de formação os
educadores renovam seus conhecimentos para enfrentar, também, novos desafios
levados à sala de aula pelos educandos. “São muitos desafios, histórias de
violência, drogas, famílias disfuncionais, prostituição. Lido com isso todos os
dias. Minha escola está localizada na periferia da cidade, onde os problemas
sociais são muito graves. Preciso da Metodologia Liga Pela Paz para trabalhar,
não somente os alunos, mas também seus pais”, conclui a professora Auderivânia
da Costa Lima, da EEEF Benedito Marinho da Costa, em Nova Floresta.
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