O Hospital Regional de Patos Dep.
Janduhy Carneiro vem mantendo a média de 10 atendimentos diários de vítimas de
acidentes envolvendo motocicletas. Em setembro deram entrada na urgência do HRP
299 pessoas. Eles chegam com fortes dores, alguns com risco de perda de
membros, com sangramentos, hemorragias, fraturas e traumatismos de diversos
municípios, 94 em setembro, do interior paraibano, de PE e RN.
Num geral foram realizados pelo
Regional mês passado 6.151 atendimentos, desde a vítimas do trânsito, feridos à
bala (11), esfaqueados (19), de quedas (485), consultas clínicas (2.294), tentativa
de suicídio (4), acidentes de trabalho (68), acidente com animal raivoso (68), agressão
física (27), dentre muitos outros procedimentos.
O número de pacientes que precisaram
de internação chegou a 621. Desse total, 52 leitos foram ocupados por vítimas
da violência no trânsito. A grande maioria dessas são jovens. Imprudência, como
desrespeito aos limites de velocidade, ultrapassagem indevida, embriaguez, são
apontadas como principais causas que vêm causando tanta ocupação hospitalar e
prejuízo para os cofres públicos.
A grande demanda de consultas
atendidas pelo Regional de Patos, algo que deveria ser feito pela atenção
básica, que na maioria dos municípios não consegue assistir a população, pode
cair drasticamente a partir da fixação dos residentes médicos, graças ao
convênio assinado recentemente pelo Governo do Estado, município, FIP –
Faculdades Integradas de Patos, UFCG, sob tutela do Ministério da Educação. O
médico residente (pós-graduação) terá carga semanal mínima de 40 horas, um
serviço à disposição da população que tanto clama pela presença desse
profissional em suas unidades de saúde.
Apesar de todo esse fluxo de
pacientes ao HRP, referência em média e alta complexidade, praticamente foi
zerada a fila de cirurgias, o que deixa o bloco sempre preparado para receber
aquelas mais urgentes. Apenas os casos extremamente impossíveis de se resolver
em Patos são transferidos para outros centros, a exemplo de Campina Grande e
João Pessoa. Até cirurgia cardíaca já aconteceu no Regional Janduhy Carneiro,
algo animador nesse processo de ampliação de atendimentos mais complexos pelo
SUS.
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