As
precipitações pluviométricas registradas até o início do mês de maio de 2015 no
município de Mãe d’Água-Pb, no chamado Período Invernoso, que acontece no
Sertão do estado entre os meses de março, abril e maio, devem ficar bem abaixo
da média histórica, que gira entre 600 e 800 mm. A estimativa é do secretário
de agricultura do município, Rivaldo Sebastião. “Após um longo período de
estiagem, em uma seca que praticamente tem devastado o Sertão da Paraíba, a
chuva voltou a cair, mas não o tanto esperado pelos agricultores. Já estamos no
mês de maio e até agora só choveu 357,9 mm em nosso município, e ainda assim
chuvas isoladas. Para se ter uma ideia, em algumas áreas, não choveu nem 100
mm”, revelou Sebastião. “Pelo sexto ano consecutivo, nossos agricultores
plantaram e mais uma vez terão que recorrer ao Garantia Safra – programa do
governo federal – para tentar diminuir os prejuízos”. Completou.
De
acordo com informações repassadas por Antonio Gomes dos Santos, Secretário
Executivo de Agricultura do município, cerca de 366 agricultores foram
inscritos no programa Garantia Safra 2014/2015. “Destas, 313 foram homologadas
pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento rural Sustentável –CMDRS – mediante
pagamento do contrato de adesão”, explicou Gomes. De acordo com a lei
10.420/2002, o Garantia Safra tem por objetivo garantir condições mínimas de
sobrevivência aos agricultores/as familiares de municípios sujeitos a perda de
safra por razão do fenômeno da estiagem ou excesso hídrico, e é destinado a
unidades familiares com renda de até 1,5 salário mínimo mensal, que plantam
entre 0,6 e 5 hectares de feijão, milho, arroz, mandioca, algodão ou outras
atividades agrícolas de convivência com o semiárido.
ABASTECIMENTO
Por
conta da estiagem, outro problema deve enfrentado nos próximos dias no
município de Mãe d’Água: o desabastecimento. Como a distribuição de água é
feita a partir de poços artesianos, a preocupação agora é com a diminuição da
vazão desses poços que deve comprometer a regularidade do abastecimento. “As
chuvas nas cabeceiras dos rios que cortam o município foram muito poucas. Como
esses rios são responsáveis pela reposição de água de nossos poços, a crise no
abastecimento é inevitável”, prevê Gomes. “A escassez de chuvas deve agravar
não só o abastecimento de água humano, como também o animal que deverá resultar
numa queda acentuada da produção agropecuária”, concluiu o Secretário Executivo
de Agricultura.
PREVISÃO
CLIMÁTICA
Em
dezembro de 2014, a AESA – Agência de Gestão das Águas do Estado da Paraíba –
divulgou uma previsão para o primeiro trimestre de 2015, e a estimativa não foi
nada animadora. De acordo com os meteorologistas do órgão, a previsão climática
para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2015, era de chuvas abaixo da
média em algumas áreas, entre elas, Mãe d’Água. Ainda de acordo com o
documento, as perspectivas climáticas para as regiões do Alto Sertão, Sertão,
Cariri e Curimataú indicavam que as chuvas seriam irregulares, tanto espacial
quanto temporalmente, o que acabou se confirmando. Para o mês de maio (fim do
período chuvoso no Sertão) segundo o órgão, a previsão é a de que as
precipitações também fiquem abaixo da média histórica.
Célio martinez
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