Compromisso com a verdade dos fatos

Bem-vindo ao blog Garimpando Palavras

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Seca Verde: Chuvas em Mãe d’Água devem ficar 50% abaixo da média histórica, diz secretário de agricultura




As precipitações pluviométricas registradas até o início do mês de maio de 2015 no município de Mãe d’Água-Pb, no chamado Período Invernoso, que acontece no Sertão do estado entre os meses de março, abril e maio, devem ficar bem abaixo da média histórica, que gira entre 600 e 800 mm. A estimativa é do secretário de agricultura do município, Rivaldo Sebastião. “Após um longo período de estiagem, em uma seca que praticamente tem devastado o Sertão da Paraíba, a chuva voltou a cair, mas não o tanto esperado pelos agricultores. Já estamos no mês de maio e até agora só choveu 357,9 mm em nosso município, e ainda assim chuvas isoladas. Para se ter uma ideia, em algumas áreas, não choveu nem 100 mm”, revelou Sebastião. “Pelo sexto ano consecutivo, nossos agricultores plantaram e mais uma vez terão que recorrer ao Garantia Safra – programa do governo federal – para tentar diminuir os prejuízos”. Completou.

De acordo com informações repassadas por Antonio Gomes dos Santos, Secretário Executivo de Agricultura do município, cerca de 366 agricultores foram inscritos no programa Garantia Safra 2014/2015. “Destas, 313 foram homologadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento rural Sustentável –CMDRS – mediante pagamento do contrato de adesão”, explicou Gomes. De acordo com a lei 10.420/2002, o Garantia Safra tem por objetivo garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores/as familiares de municípios sujeitos a perda de safra por razão do fenômeno da estiagem ou excesso hídrico, e é destinado a unidades familiares com renda de até 1,5 salário mínimo mensal, que plantam entre 0,6 e 5 hectares de feijão, milho, arroz, mandioca, algodão ou outras atividades agrícolas de convivência com o semiárido.

ABASTECIMENTO

Por conta da estiagem, outro problema deve enfrentado nos próximos dias no município de Mãe d’Água: o desabastecimento. Como a distribuição de água é feita a partir de poços artesianos, a preocupação agora é com a diminuição da vazão desses poços que deve comprometer a regularidade do abastecimento. “As chuvas nas cabeceiras dos rios que cortam o município foram muito poucas. Como esses rios são responsáveis pela reposição de água de nossos poços, a crise no abastecimento é inevitável”, prevê Gomes. “A escassez de chuvas deve agravar não só o abastecimento de água humano, como também o animal que deverá resultar numa queda acentuada da produção agropecuária”, concluiu o Secretário Executivo de Agricultura.

PREVISÃO CLIMÁTICA

Em dezembro de 2014, a AESA – Agência de Gestão das Águas do Estado da Paraíba – divulgou uma previsão para o primeiro trimestre de 2015, e a estimativa não foi nada animadora. De acordo com os meteorologistas do órgão, a previsão climática para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2015, era de chuvas abaixo da média em algumas áreas, entre elas, Mãe d’Água. Ainda de acordo com o documento, as perspectivas climáticas para as regiões do Alto Sertão, Sertão, Cariri e Curimataú indicavam que as chuvas seriam irregulares, tanto espacial quanto temporalmente, o que acabou se confirmando. Para o mês de maio (fim do período chuvoso no Sertão) segundo o órgão, a previsão é a de que as precipitações também fiquem abaixo da média histórica.


Célio martinez

Nenhum comentário:

Arquivo do blog