Essa é a reação do SINFEP –
Sindicato dos Funcionários Municipais de Patos e Região sobre a postura da
Prefeitura de Patos de não conceder qualquer tipo de aumento aos servidores, os
quais já acataram a decisão de entrarem em greve por tempo indeterminado a
partir da próxima quarta-feira 22.
A diretoria do Sindicato manteve
reunião ontem e hoje (sexta-feira 17) com representantes da prefeita Francisca
Motta para rodas de negociação, porém contraproposta foi enviada pelo
Executivo, segundo a presidente do Sinfemp, Carminha Soares.
Ela diz que o Sindicato, conhecedor
da crise comum a todas as esferas administrativas, propôs o mínimo de aumento
possível para os servidores, com acréscimo de R$ 25,00 para auxiliar de serviço
gerais, R$ 39,00 para um técnico de enfermagem e R$ 165,00 para quem tem nível
superior.
A planilha foi levada pelo
procurador do Município para ser analisada e na volta, reunião desta sexta, a
explicação foi de que não há possibilidade de concessão de nenhum valor de
aumento. “Esses valores irrisórios que pedíamos, não chegaria nem a R$ 100 mil no
impacto da folha de pagamento. Como não há proposta concreta para quem não teve
aumento este ano, a greve geral está confirmada para quarta 22”, disse
Carminha, contrariada pela decisão do Executivo local.
O vice-presidente do Sindicato,
José Gonçalves, disse que há insensibilidade da gestão pública para com os
servidores e cita que o impacto do aumento pedido não atingira R$ 12 mil na
educação. “Será que reduzindo o aluguel de carros não daria para economizar
esses R$ 12 mil e atender assim a 331 auxiliares de serviços gerais”, questiona
Gonçalves. Ele afirma que a prefeita Francisca Motta está sendo intransigente e
não quere conceder aumento salarial para a categoria e cita os recursos de R$
12 milhões mensais recebidos pela Prefeitura. Lamentou que nem o repasse pelas
perdas geradas pela inflação, de 6,3%, a Prefeitura que fazer.
José Gonçalves diz que a Prefeitura
mantém só com folha de contratados e comissionados o valor de R$ 1,1 milhão e sugere
que haja redução desses quadros e assim atenda a reivindicação dos efetivados
via concurso público.
Outra queixa de Gonçalves é com a
blindagem que estão fazendo em torno da prefeita Francisca Motta, com quem o
Sindicato só se reuniu uma vez este ano. “A prefeita Francisca Motta
terceirizou, de acordo com o PL 4.330, a revisão da questão salarial dos servidores.
Ano passado ela recebeu 33 categorias. Hoje apenas os secretários, contadores participam
das conversas. Os secretários usam de todas as artimanhas para dizerem que não
dá para o município oferecer aumento. Sabemos da crise, mas nem por isso a
Prefeitura deixa de receber recursos todo mês”, desabafou o vice-presidente.
Ele disse que espera que o
pagamento do PMAQ, que era para ter sido repassado aos servidores desde o ano
passado, seja cumprido na segunda-feira 20 (nível básico, médio e técnico) e no
dia 10 de maio aos profissionais de nível superior.
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