A situação dos poços
de água do município de Mãe d’Água voltou a atingir níveis críticos e pode
voltar a comprometer o abastecimento de água da população. A informação foi repassada
pelo secretário de Infraestrutura do município, Rivaldo Campos. De acordo com
ele, “a situação começou a se agravar na segunda quinzena do mês de setembro
quando os principais poços de onde nós tiramos a água para as caixas de
distribuição, começaram a secar”. Segundo o secretário, os órgãos públicos como
escolas, postos de saúde, prefeitura e secretarias, estão sendo abastecidas por
um único poço que ainda dispõe de um certo volume de água, localizado no Sítio
Mãe D’água de propriedade do senhor Carlos Canuto.
As residências estão sendo
abastecidas com a água do açude capoeira (distante cerca de 10 Km da sede)
transportada em carros pipa. São 04 caminhões da Defesa Civil do Estado e mais
02 da prefeitura trabalhando diariamente para garantir água para mais de 2.892
moradores, somente da Zona Urbana. “Os custos só com esse abastecimento são
altíssimos e isso acaba atrapalhando os investimentos em outros setores”.
Lamentou Campos. “O Estado, através da Defesa Civil, nos ajuda com os carros
pipas, mas a prefeitura faz o abastecimento do óleo combustível e ainda
disponibiliza um trabalhador para auxiliar o motorista, e quando somamos os
gastos dos pipas da Defesa Civil com os da prefeitura, esse custo fica muito
elevado, até porque o consumo de combustível é muito alto por conta das serras
que os caminhões têm que subir ao longo de mais de 10 Km de estradas
esburacadas e quase sem condições de tráfego”. Explica o secretário.
Situação difícil vive
também os moradores da Zona Rural. De acordo com Rivaldo Campos, apenas um poço
abastece cerca de 564 moradores do Sítio Carirí. “O problema é que os níveis de
água nesse poço estão diminuindo e em pouco tempo nós teremos que fazer o
abastecimento também através de carro pipa”. A situação só não é tão preocupante,
pelo menos por enquanto, no Distrito de Santa Maria Gorete e na Vila Capoeira.
“A Rua Velha (assim chamada a Vila Capeoria) vive uma situação mais
confortável, pois os 59 moradores daquela comunidade ainda dispõe de água nas
torneiras distribuída através da caixa d’água, pois o poço do local ainda tem
garantido esse abastecimento”. Ressaltou Campos. Já o poço do Distrito de Santa
Maria Gorete, onde residem cerca de 700 pessoas, que abastece a caixa de
distribuição daquela comunidade está quase secando. “Se não chover no máximo
até o final de novembro, o colapso será inevitável e nós teremos que fazer o
abastecimento através de carro pipa. Ou seja, teremos que adquirir mais carros
para complementar esse abastecimento. A determinação da prefeita Margarida é que
não deixemos faltar água nas residências e estamos trabalhando diuturnamente
para que isso não aconteça”. Finalizou Campos.
Célio Martinez
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