
No entanto, o treinador José Roberto Guimarães se mostrou temeroso ao tocar no assunto nesta quinta-feira, no evento de lançamento da Superliga, em São Paulo. O técnico alertou que as jogadoras não podem abrir mão de atuar no vôlei europeu e ganhar um tipo de experiência que não adquirirão atuando no Brasil.
"A Superliga é um grande campeonato, mas tem também as experiências pessoais de jogar um outro campeonato, aprender outra língua", destacou Zé Roberto, treinador também do Amil Campinas. "Quando você joga fora, você é cobrado de outra maneira: você é o estrangeiro que veio para resolver os problemas do time. Tudo tem um enfoque diferente. O crescimento acontece aqui e lá fora", acrescentou.
As palavras de Zé Roberto foram respaldadas por Leandro Vissotto, que nesta temporada retorna à Superliga depois de atuar por dois anos no Ural Ufa, da Rússia. O oposto, 30 anos, reconheceu que as passagens que teve pelo vôlei europeu foram fundamentais para se tornar um atleta de destaque.
"Eu dei um salto de qualidade na minha carreira quando fui para a Itália", comentou Vissotto, que atuou no vôlei italiano entre 2006 e 2010. Depois de defender o hoje extinto Vôlei Futuro por uma temporada, ele retornou à Europa para jogar na Rússia.
"Uma deficiência da nova geração é a falta de experiência internacional. É bom jogar aqui, mas priva os novos de terem essa experiência. Talvez seja importante os mais novos pensarem nessa possibilidade (de jogar fora)", acrescentou Vissotto, que recomendou o tempo padrão para os jogadores adquirirem a bagagem necessária para retornar: "um a dois anos, no máximo".
esportesterra
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