Ressocialização e cidadania
O Complexo
Psiquiátrico Juliano Moreira, que integra a rede hospitalar do Estado,
desenvolve o ‘Projeto de Desinstitucionalização’, que tem como principal
objetivo fazer com que os pacientes da unidade de saúde sejam colocados de
volta à sociedade e ao convívio familiar, de acordo com o que determina a lei
10.216\01 da Reforma Psiquiátrica. “Trabalhamos para encontrar os familiares
desses pacientes e reatar os vínculos afetivos, esse é o nosso grande
objetivo”, explicou a diretora geral do Juliano Moreira, Ana Tereza Medeiros.
“Esses pacientes, que
moravam no Hospital há mais de 20 anos, hoje passaram a viver nas residências
terapêuticas, que é um serviço substitutivo e no seio familiar”, disse Ana
Tereza. Ela explicou que esse processo de desinstitucionalização demora
cerca de três meses e é conduzido por uma equipe multiprofissional formada por
psicólogos, assistentes sociais, diretores e outros que formam a Comissão
Interna de Desinstitucionalização do Juliano Moreira. “Durante esse período, o
paciente passa por todo um preparo psicológico e social de readaptação ao
convício social e familiar”.
Para a coordenadora do
Serviço Social do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, Ana Isabel Correia
Lima, a desinstitucionalização representa melhor qualidade de vida para o
paciente e contribui para que a sociedade acabe com o preconceito de que
essas pessoas são loucas e incapazes de interagir e viver em sociedade.
Ana Tereza Medeiros
destacou que as ações de saúde mental que vêm sendo implantadas na unidade de
saúde estão dentro da Política Nacional do Governo Federal e da Reforma
Psiquiátrica, que quer acabar com as internações. “Temos trabalhado para que o
usuário passe o menor tempo possível dentro do hospital, como também na
conscientização dos familiares, como forma de promover a reinserção dessas
pessoas na sociedade e a inclusão no mercado de trabalho”, destacou a diretora.
Paulo Cosme
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