O município de Cajazeiras, localizado no Sertão do estado, foi a cidade onde mais choveu neste primeiro trimestre de 2016. De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), foram 755,3 milímetros. Somente em março, foram registrados 447,7 milímetros, 30,8% acima da média histórica do mês.

De acordo com a meteorologista Marle Bandeira, várias cidades do Sertão paraibano receberam chuvas acima da média. “Em março, Nazarezinho e Cachoeira dos Índios tiveram altas de 30,9% e 30,8%, respectivamente. Isto aconteceu porque tivemos condições favoráveis no Oceano Atlântico, enfraquecimento do El Niño e a atuação das Zonas de Convergências Intertropicais”, elencou.
Técnicos da Aesa monitoram a variação do tempo de forma ininterrupta em todo o Estado. Eles se revezam em sistema de plantão no Centro de Gestão de Situações Críticas, que fica localizado em Campina Grande e também é conhecido como Sala de Situação. No local, computadores recebem dados em tempo real enviados por estações meteorológicas, possibilitando a prevenção de eventos críticos como secas e enchentes.
“O período de fevereiro a abril é considerado mais chuvoso da região semiárida. E dentro do quadrimestre, março e abril costumam ser os meses com maiores índices pluviométricos. A tendência é que este mês tenhamos mais chuvas isoladas e bem localizadas. Podem, inclusive, ocorrer eventos de maior intensidade no Cariri, Sertão e Alto Sertão”, explicou Marle Bandeira.
Açudes - Dos 124 reservatórios monitorados pela Aesa, 50 estão com menos de 5% do volume total. Outros 36 açudes têm menos 20% da capacidade máxima, 37 possuem mais de 20% e um está sangrando. A lista completa com a quantidade de água armazenada em cada açude está disponível no site www.aesa.pb.gov.br. Na página também são disponibilizadas informações sobre autorização para uso da água bruta e o trabalho desenvolvido pelos comitês de bacias hidrográficas.
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