Prefeita de Mãe d’Água diz que gastos com abastecimento deve prejudicar investimentos públicos
Célio Martinez

A prefeita da cidade de Mãe d’Água-PB,
Margarida Fragoso, 65, (Margarida Tota), que assumiu oficialmente o Governo
Municipal na noite desta terça feira dia 01 de janeiro, em solenidade realizada
no Auditório Municipal Profª Lucinda Justo, disse durante seu primeiro
pronunciamento como prefeita, que sua maior preocupação nesse início de governo
é com relação aos investimentos em setores como infraestrutura e assistência
social. Margarida ressaltou que a prefeitura destina grande parte de sua única
fonte de recursos, o FPM – Fundo de Participação dos Municípios - ao pagamento
do abastecimento de água da população, feito através de carros pipa. “Além de
um caminhão pipa e outros três tanques que são puxados por tratores que fazem
parte da frota municipal, a gestão anterior teve que contratar ainda mais três
caminhões pipas para complementar o abastecimento que está cada vez mais
difícil, por conta da distância que esses veículos têm que percorrer para pegar
água.” Explicou Margarida. “Não bastasse isso, as cotas do FPM continuam caindo
por conta da isenção de impostos promovidas pelo Governo Federal, que não
ofereceu as prefeituras nenhuma alternativa para minimizar essas perdas.”
Acrescentou.
Apesar dos gastos elevados com o
abastecimento terem aumentado nos últimos meses da gestão do ex-prefeito
Péricles Viana de Oliveira Junior, Margarida Tota disse que assumiu a
prefeitura com a folha de pagamento em dia, inclusive o 13º e pagamento de
férias dos servidores que estão gozando esse direito. “Nossa prioridade nesse
primeiro momento é manter essa folha em dia, e a qualidade dos serviços de
saúde e educação, que sempre foram motivo de orgulho de nossa população. Na medida
em que os repasses do FPM forem sendo normalizados, e as chuvas previstas para
esse ano comecem a cair, ai sim, nós iremos iniciar uma nova etapa da nossa
gestão fazendo investimentos em outras áreas, a exemplo da infraestrutura.”
Completou a prefeita.
De acordo com Rivaldo Campos, secretário de
infraestrutura do município, o gasto mensal com os veículos que fazem o
abastecimento, incluindo as locações, giram em torno de R$ 65.000,00/mês. “Se
multiplicarmos isso pelos últimos oito meses, quando se iniciou a crise no
abastecimento de nossa cidade, esse valor supera a casa do meio milhão de
reais.” Calcula Campos. Já o tesoureiro da prefeitura, José Ivan, revelou que
com a isenção do IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados - a prefeitura
já perdeu aproximadamente meio milhão de reais. “Ou seja, tivemos uma despesa
extra de meio milhão e a perda de mais meio milhão de reais com as quedas do
FPM. Foi preciso muito jogo de cintura para administrar esse momento de crise
extrema. Muitos teriam fechado as portas da prefeitura por falta de condições
administrativa mesmo.” Destacou Ivan.
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